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Entidades traçam estratégias para minimizar prejuízos da reestruturação do BB

Entre as propostas, está a unificação da luta, inclusive, inserindo a população nas ações

Publicado: 14 Janeiro, 2021 - 15h12 | Última modificação: 15 Janeiro, 2021 - 15h30

Escrito por: Leandro Gomes

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A nova reestruturação do Banco do Brasil tem um claro objetivo: enxugar a atuação da instituição pública para entregá-la à iniciativa privada o mais rápido possível. Isso, como já denunciado pela CUT, resultará na demissão de bancárias e bancários e de outras categorias que atuam no banco, além de prejuízos imensuráveis para a sociedade, que terá o atendimento precarizado.

Visando minimizar os impactos da reestruturação do BB, a CUT-DF, o Sindicato dos Bancários de Brasília e outras entidades que representam as categorias prejudicadas pela decisão se reuniram na manhã desta quinta-feira (14) para debater estratégias de enfrentamento. Entre as propostas, está a unificação da luta, inclusive, inserindo a população nas ações. Um novo encontro ampliado para afunilar a luta será realizado na próxima semana, ainda sem data definida.

A reestruturação

Essa é a segunda reestruturação no Banco do Brasil desde o golpe de Estado em 2016. Na proposta, a direção do BB − seguindo a cartilha neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes − apresenta um Plano de Demissão Voluntária (PDV) que pode deixar mais de cinco desempregados.

A medida inclui ainda o fechamento de 361 unidades, entre agências e postos de atendimento. A previsão do Sindicato dos Bancários de Brasília é que, no DF, 6 agências deixem de funcionar. Uma delas está localizada no Cruzeiro, onde a categoria realizou ato no início da tarde desta quinta-feira (14).

Além disso, em todo o Brasil, a reestruturação do BB propõe a alteração da composição das unidades. Agências serão rebaixadas para Postos de Atendimento (PA) e os PAs serão rebaixados para loja.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, a situação é bastante alarmante e terá reflexo negativo na vida de milhares de trabalhadoras e trabalhadores.

"Para a categoria bancária, isso diminui oportunidades de carreira e terá impacto nos salários de 30 a 40%, a depender do tempo de casa de cada funcionário. De forma geral, vigilantes, copeiras e copeiros e demais prestadores de serviços também serão afetados de forma significativa", disse.

Em relação aos trabalhadores de Tecnologia da Informação (TI) − que também atuam no banco − Morais destacou que, de imediato, não haverá grandes prejuízos, já que os bancos estão priorizando o atendimento remoto. No entanto, o sindicalista chamou a atenção para a lógica de precarização dos contratos, como vem ocorrendo em outras estatais.

Além das coletivas, o Sindicato dos Bancários de Brasília já tem realizado algumas ações contra a reestruturação. Dentre elas, estão a visitas a agências para debates com funcionárias e funcionários e articulações junto a parlamentares e a entidades representativas da categoria bancária.  

Política neoliberal

O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, que também participou do encontro, destacou que a reestruturação do BB e os eventos que estão ocorrendo no país são bastante semelhantes. No início da semana, a Ford decidiu encerrar a produção de veículos no país. Dias depois, a empresa Yoki anunciou o fechamento da fábrica em Nova Prata. As duas empresas somam mais de 10 mil demissões. 

"Essa desindustrialização também é um reflexo dos erros da política econômica implementada pelos governos neoliberais e isso reflete diretamente no Banco do Brasil. E, infelizmente, esses não tendem a ser casos isolados", afirmou.

Rodrigues fala mais sobre o tema em artigo publicado no site da Central. 

Leia: Saída da Ford do Brasil escancara os limites do neoliberalismo de Bolsonaro/Guedes

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