Escrito por: Leandro Gomes

Vigilantes do DF mantêm estado de greve e aguardam resultado de negociação no MPT

Foto: Félix Pereira

Os últimos dias foram bastante intensos para os vigilantes do DF, no que diz respeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. Isso porque, como não houve avanços nas negociações com as empresas, a Justiça precisou intervir.

Na última quarta-feira (8), o Sindesv-DF ─ representante dos trabalhadores ─ e os patrões participaram de audiência, com intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Após o encontro, a categoria realizou assembleia e deliberou pela manutenção do estado de greve e que irá aguardar o resultado de outra rodada de negociação que aconteceu no Ministério Público do Trabalho (MPT), na quinta (9).

Para avaliar o resultado da mediação do MPT, os trabalhadores realizam assembleia nesta quarta-feira (15), às 19h30, na Rampa dos Vigilantes, no Conic ─ em frente à Casa do Chocolate.

Entenda o caso

Enquanto os trabalhadores buscam ampliação e manutenção de direitos conquistados em lutas históricas, as empresas querem retirar, inclusive, cláusulas que são inegociáveis.

Entre os diversos ataques aos direitos dos vigilantes, duas dessas propostas são consideradas indecorosas pelo Sindesv-DF e têm impacto direto na vida do trabalhador. A primeira é a mudança no seguro de vida. Hoje, o benefício é pago em casos de morte em qualquer local ou decorrente de qualquer tipo de doença. A proposta do patronal é que o pagamento seja realizado apenas se o vigilante morrer em serviço. 

A segunda e mais grave alteração seria no Plano de Saúde da categoria. Atualmente o serviço é gerido pelo Sindicato e disponibiliza cinco hospitais e várias clínicas de qualidade espalhadas pelo DF. A proposta dos empresários é que o Plano passe a ser administrado pelo Sindicato Patronal, com apenas um hospital com qualidade e serviço questionáveis.

“Não negociamos essas cláusulas", reforça o Sindesv-DF.