Vigilantes do DF fecham Acordo Coletivo de 2024 com ganhos
Após cerca de seis meses de negociação, a categoria conquistou reajuste acima da inflação, além da manutenção de todas as cláusulas do acordo anterior
Publicado: 04 Junho, 2024 - 14h32 | Última modificação: 04 Junho, 2024 - 14h41
Escrito por: CUT-DF
Nesta terça-feira (4), o Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF) e o sindicato patronal assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria. A data-base foi aprovada em assembleia na última terça (28) e homologada no Tribunal Regional do Trabalho, na quarta (29).
Entre as conquistas, estão reajuste de 5% nos salários, no tíquete-alimentação e no fundo indenizatório, e 8% no repasse da parte patronal do plano de saúde. Além disso, todos os benefícios do ACT anterior estão mantidos.
“Esse reajuste, com ganho real nós conseguimos arrancar depois de muita luta, de muitas reuniões com o sindicato patronal. É um ganho para toda a categoria”, disse o presidente do Sindesv-DF ─ sindicato que representa a categoria ─, Paulo Quadros.
Mobilização
A data-base dos vigilantes venceu em janeiro deste ano. Desde então, o Sindesv-DF iniciou árdua luta para arrancar dos patrões uma proposta que atendesse às reivindicações da categoria. Além de reajuste acima da inflação nas cláusulas econômicas, um dos desafios era manter todos os direitos conquistados até então.
Foram necessárias pelo menos oito rodadas de negociações. Isso porque todas as propostas construídas pelas empresas continham algum tipo de ataque aos trabalhadores. Sem consenso, o Acordo levou cerca de seis meses para ser fechado, ponto que preocupa sindicalistas.
“Não é aceitável que um Acordo demore tanto tempo para ser negociado. Durante as várias rodadas de negociações, os patrões insistiram na retirada de direitos históricos dos vigilantes, o que dificultou as negociações. A nossa próxima data-base fecha em menos de seis meses e, para evitar que o atraso ocorra, iniciaremos as mobilizações o quanto antes. As empresas precisam respeitar os trabalhadores”, disse o diretor do Sindesv-DF e da CUT-DF, Roberto Miguel.