acc toolbox
Contraste de cores
Tamanho dos textos
Conteúdo em destaque
Ampliar elementos
learn more about  toolbox
MENU

Trabalhadores do DF protestam contra política de juros de Campos Neto

Ato foi realizado em frente a sede do Banco Central em Brasília, antes da reunião que define taxa Selic

Publicado: 21 Junho, 2023 - 09h30 | Última modificação: 21 Junho, 2023 - 09h40

Escrito por: Brasil de Fato DF

Leandro gomes
notice

Os trabalhadores do Distrito Federal realizaram na manhã desta terça-feira (20) um ato em frente a sede do Banco Central (BC) contra a alta taxa de juros praticada pelo órgão. Mobilização realizada em Brasília foi a primeira de uma série de atos que ocorrerão pelo Brasil para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC pela reduzir a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75%.

A reunião do Copom acontece nos dias 20 e 21 junho para discutir os rumos da taxa Selic, mas o presidente do BC, Campos Neto, vem resistindo a baixar os juros. Ele foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi alvo das críticas no ato em Brasília, sendo acusado de tentar boicotar o governo do presidente Lula.

Leandro Gomes Leandro Gomes "Campos Neto foi indicado por Bolsonaro e mantém essa taxa de juros apesar da realidade da política econômica que o Brasil vive, com queda na inflação, graças ao projeto vitorioso das urnas que foi o do presidente Lula", afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, durante o ato. Para ele, a manutenção da Selic em 13,75 "é claramente um boicote ao governo a política econômica do Lula". 

O presidente da CUT-DF chamou atenção para o fato da alta taxa de juros desestimular os investimentos e favorecer a especulação financeira no Brasil. "Essa taxa impede o crescimento do Brasil, impede o desenvolvimento do país, porque os juros são tão elevados que apenas servem a especulação financeira e não ao setor produção que é quem gera empregos", acrescentou Rodrigues.

A mobilização contou com a participação de diversos trabalhadores e integrantes de outros movimentos sociais, como Rud Rafael, coordenador no DF do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). "Essa taxa não é viável para a grande massa de trabalhadores com dificuldade de pagar as contas no final do mês, que gastar parte do seu salário para pagar juros e mais juros", explicou.

O coordenador do MTST lembrou da fala da empresária Luiza Trajano, que cobrou Campos Neto em uma reunião pela queda da Selic. "Ela [Luiza] constrangeu publicamente o presidente do Banco Central dizendo que o setor produtivo brasileiro também está travado por causa dessa taxa de juros que está sendo praticada no Brasil", lembrou Rud Rafael, durante o ato em frente ao BC.

Frente Parlamentar

Também presente no ato em Brasília, o deputado federal Lindbergh Farias (PT/RJ) falou sobre o lançamento da Frente Parlamentar Contra Juros Abusivos, que acontecerá nesta quarta-feira (21), no Salão Verde do Congresso Nacional e contará com participação de deputados de diversos partidos, como PT, PDT e PSOL. "Estamos montando uma coordenação para fazer uma campanha, porque é taxa Selic, mas também é cartão de crédito, com 400%, que é um assalto", afirmou o deputado.

Lindbergh explicou que o trabalho dessa Frente será importante para pressionar o presidente do Banco Central e pediu apoio dos trabalhadores. "Esse Campo Neto foi indicado por Bolsonaro e isso parece uma sabotagem do governo do presidente Lula, porque a inflação despencou e o argumento que eles usavam era uma inflação de 10% que havia no governo Bolsonaro", disse Lindbergh Farias.

Veja mais fotos da atividade aqui. 

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.