Trabalhadores do Aeroporto JK aprovam pauta de reivindicações
Os trabalhadores de diversos setores do Aeroporto Internacional de Brasília – num movimento que ganhou o nome de Aero CUT – aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (14), uma pauta conjunta de reivindicações a ser encaminhada à Infraero e à concessionária Inframérica. O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, que conduziu os trabalhos, […]
Publicado: 14 Novembro, 2012 - 13h15
Escrito por: Cutbsb@123
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Os trabalhadores de diversos setores do Aeroporto Internacional de Brasília – num movimento que ganhou o nome de Aero CUT – aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (14), uma pauta conjunta de reivindicações a ser encaminhada à Infraero e à concessionária Inframérica.
O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, que conduziu os trabalhos, comentou todos os dez pontos da pauta unificada, apontando os sérios problemas que o conjunto dos trabalhadores e usuários do aeroporto passam todos os dias. “Há problemas que vão desde o transporte clandestino, que cerca o usuário, até o não cumprimento de acordos coletivos junto aos trabalhadores. A pauta construída pela CUT Brasília e sindicatos visa à melhora da qualidade de vida de todos que utilizam o JK”, disse.
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O diretor do Sindicato dos Aeroviários – e também da CUT Brasília -, Luciano Fernandes de Oliveira, enfatizou a situação, acrescentando que a categoria está em campanha salarial. “Nossa data base é 1º/12. Desde setembro estamos buscando a negociação com o patronal e nada avança. O sindicato das empresas aéreas, como faz todos os anos, só começa efetivamente a negociar após o 1º de dezembro, o que gera mobilizações, greves e transtornos à população na época do Natal das férias”. Luciano disse que a campanha dos aeroviários não é só por ganho salarial. “Queremos o combate ao assédio moral, combate ao banco de horas e melhores condições de trabalho”, destacou. O diretor lembrou ainda a fusão entre a Gol e a Webjet. “Em alguns estados já estão demitindo trabalhadores. No DF, ainda não. Mas queremos saber se haverá o aproveitamento de todos e se haverá equiparação dos salários”.
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Para o diretor do Sindserviços Antônio de Pádua também há problemas. “A Unirio, empresa que presta serviços de limpeza no aeroporto, constantemente atrasa o salário dos funcionários. Para mim, isso é a pior forma de assédio”, disse. “A Top Line [empresa terceirizada] tem cerca de 300 trabalhadores atuando na fiscalização do aeroporto e todos estão de aviso prévio pelo fim do contrato com a Infraero, devendo sair em 15 dias. Até agora a Inframérica não se manifestou. Precisamos saber o que vai acontecer com esses trabalhadores”.
“Não temos um local adequado que sirva de vestiário e outro para possamos fazer nossas refeições”, afirmou um representante do Sindicato dos Vigilantes, enfatizando não haver livre acesso do dirigente sindical à categoria no aeroporto.
Um representante do Sindicato dos Taxistas disse que “a operadora Inframérica precisa combater a pirataria e organizar o setor de embarque e desembarque para benefício dos trabalhadores e usuários”.
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Edmilson Wanderley Lacerda, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, trouxe o apoio da categoria bancária ao movimento Aero CUT. “Os bancários entendem que somos todos trabalhadores e temos que unir nossas lutas. Com os profissionais que atuam no Aeroporto JK não será diferente. Estaremos aqui apoiando o movimento”.
A pauta aprovada contempla o seguinte:
1. Cumprimento integral dos acordos coletivos firmados pelos sindicatos das diversas categorias profissionais com atuação no aeroporto;
2. Restaurante/refeitório popular com atendimento em diferentes turnos de trabalho;
3. Meios de transporte coletivos regulares e integrados;
4. Estacionamento gratuito e seguro, com número de vagas suficiente;
5. Fim do assédio moral;
6. Garantia de acesso dos dirigentes sindicais às áreas restritas do aeroporto, com a construção de procedimentos padrões de segurança;
7. Melhores condições de trabalho, com ênfase na segurança e saúde dos trabalhadores;
8. Banheiros/vestuários para os funcionários;
9. Fiscalização e combate ao transporte clandestino;
10. Valorização e capacitação profissional dos trabalhadores.
Secretaria de Comunicação da CUT Brasília