Escrito por: Jean Maciel

Trabalhadores da Embrapa param 24 horas e levam pauta ao governo

Uma comitiva de seis representantes do Sinpaf, sindicato nacional dos trabalhadores da Embrapa, foi recebida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nesta quarta-feira (10), por Ângela Peres, chefe de gabinete da Secretária-Executiva Maria Emilia Mendonça Pedroza, que estava como ministra interinamente. Na ocasião foi entregue uma carta de reivindicações da categoria. Segundo o presidente […]

Jean Maciel

Uma comitiva de seis representantes do Sinpaf, sindicato nacional dos trabalhadores da Embrapa, foi recebida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nesta quarta-feira (10), por Ângela Peres, chefe de gabinete da Secretária-Executiva Maria Emilia Mendonça Pedroza, que estava como ministra interinamente. Na ocasião foi entregue uma carta de reivindicações da categoria.

sinpaf 2Segundo o presidente do Sinpaf, Julio Guerra, ficou garantido que as reivindicações dos trabalhadores serão levadas à ministra Kátia Abreu, que está em missão junto a presidente Dilma Rousseff, no encontro da Cúpula da União Européia na Bélgica. “A chefe de gabinete informou que a ministra tem demonstrado um interesse especial pelas questões específicas da Embrapa. A receptividade foi muito boa dentro do Ministério e acreditamos que teremos o apoio da Secretaria-Executiva na busca pela solução do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2016”, afirmou.

Veja a carta na íntegra

Paralisação em Brasília

Mais de 200 trabalhadores da Embrapa Sede, Cenargen e Agroenergia aderiram ao movimento de paralisação de 24 horas realizado nesta quarta (10), em Brasília, fortalecendo a luta por uma negociação coletiva que atenda às reivindicações da categoria. Foi realizado um ato em frente ao portal principal da Embrapa, na Asa Norte, com panfletagem e, em seguida, foi servido café da manhã aos trabalhadores.

carreata sinpafUm grupo liderado pelo presidente do Sinpaf, Julio Guerra, foi impedido de entrar na sede da Embrapa. O objetivo era convocar os colegas de trabalho para a carreata até o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde o Sindicato entregou carta de reivindicação à ministra Kátia Abreu. Mesmo com a proibição, os trabalhadores se mantiveram firmes na mobilização e decidiram dar voltas pelas laterais da empresa para convocar os colegas pelas janelas. “Os trabalhadores que participaram das paralisações e mobilizações em todo o país estão de parabéns pela grande participação. Aguardamos uma resposta da empresa a essa mobilização”, destacou Guerra.

Após a convocação, os trabalhadores seguiram em carreata até a Esplanada dos Ministérios. Um ônibus com os empregados e outros carros seguiram o caminhão de som. No trânsito pela W3 Norte, uma das vias de maior movimento da cidade, o presidente do Sindicato, Julio Guerra, explicou para a sociedade quais as principais reivindicações da categoria, destacou a importância da empresa para o Brasil e a necessidade de valorização dos seus trabalhadores.

Confira no link como foi a paralisação pelo Brasil

A manifestação desta quarta foi um protesto contra a proposta de reajuste de 5,36%, rejeitada pela categoria, e por avanços na negociação coletiva em andamento.

Além de não apresentar um reajuste compatível com a necessidade dos trabalhadores, pois a inflação dos últimos 12 meses corroeu os salários em mais de 8%, a Embrapa adotou uma postura autoritária na mesa de negociação, questionando a legitimidade do Sinpaf e propondo a retirada de conquistas históricas, como excluir do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) o plano de saúde.  A proposta econômica da categoria é o índice do IPCA, 8,37%, mais 5% de ganho real. Novas rodadas de negociação estão marcadas para os dias 16 e 17 de junho.

A pauta de reivindicações da categoria contempla também a imediata revisão do PCE (Plano de Cargos e Salários); concurso público para contratação de pessoal; cumprimento das cláusulas acordadas em ACT’s anteriores, sem a exclusão de direitos conquistados; plano de saúde que contemple às necessidades da categoria; melhorias nas condições de trabalho dos empregados, entre outros.

Fonte: Sinpaf