Escrito por: Brasil de Fato DF com edições da CUT-DF
A medida avançou, mesmo com intensa mobilização de organizações da sociedade civil contra a entrega do patrimônio público à iniciativa privada
O projeto de privatização da Rodoviária do Plano Piloto e da Galeria dos Estados teve mais um avanço na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nessa terça-feira (21), com a aprovação do proposta na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF).
Os parlamentares Jorge Vianna (PSD) e Paula Belmonte (Cidadania), da base do governo, votaram contrários à medida. Já Eduardo Pedrosa (União), Jaqueline Silva (MDB) e Joaquim Roriz Neto (PL) votaram a favor da privatização.
Proposto por Ibaneis Rocha (MDB), o PL 2260/21 já foi aprovado por duas comissões, mas precisa passar ainda pelas comissões de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle; Transporte e Mobilidade Urbana, e Constituição e Justiça, antes de seguir para o plenário da Casa. Os líderes do PT e PSOL já adiantaram que seus partidos votarão contra a privatização da Rodoviária do Plano Piloto e da Galeria dos Estados.
Mobilização
No início da tarde, movimentos populares, coletivos e organizações contrários à privatização realizaram mobilização e acompanharam a votação. Com faixas e cartazes com dizeres “Ibaneis, Brasília não está à venda!”, o grupo deixou claro o descontentamento com o projeto, que só trará prejuízos à população.
Tramitação
Havia previsão de o projeto de privatização da Rodoviária do Plano Piloto e da Galeria dos Estados ser votado em plenário nessa terça, mas, após pressão dos deputados de oposição ao governo Ibaneis e alguns parlamentares da base indecisos, a apreciação foi adiada.
Na semana passada, o PL 2260/21 foi aprovado na Comissão de Assuntos Fundiários (CAF). Na ocasião, o deputado Gabriel Magno (PT) observou que “essa tese de que o problema da rodoviária é um problema sem solução e por isso tem que privatizar já escutamos em outras áreas e já vimos o desastre que foi. Esse foi o mesmo argumento utilizado para privatizar a CEB. Privatizou e hoje o serviço piorou e ficou mais caro”.