Sinttel-DF denuncia empresa ao MPT por demissões em massa

Em defesa dos trabalhadores e na tentativa de minimizar os danos aos 127  pais e mães de família que perderam seus empregos na semana passada, o Sinttel-DF, sindicato que defende os trabalhadores de telecomunicações de Brasília, denunciou junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a demissão em massa promovida por uma empresa terceirizada do governo federal.

Os trabalhadores demitidos eram vinculados à Call Tecnologia e prestavam serviços de atendimento eletrônico à população pelo disque saúde 136 do Ministério da Saúde (MS), contratante da empresa.

A Call Tecnologia, responsável pela prestação do serviço, afirmando que as demissões ocorreram devido ao corte de gastos e à redução dos postos de atendimento previstas no contrato com o governo.

A fama da empresa de demitir os funcionários da noite para o dia não é nenhuma novidade. No ano passado, a Call Tecnologia demitiu sem justa causa 291 funcionários que prestavam serviços junto à Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Por conta disso, foi obrigada, por solicitação do Sinttel-DF e após manifestações dos demitidos (ver foto), a assinar junto ao MPT um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a realizar debate com o sindicato antes de efetuar demissões em massa.

A ação visa reduzir o número de demissões e assegurar os direitos aos trabalhadores terceirizados.

Na última terça-feira (19), o Sinttel-DF se reuniu com a empresa Call Tecnologia, para se manifestar contra as demissões e contra a política de terror imposta pela empresa.

Porém, a organização não voltou atrás na decisão. Para o sindicato, neste momento difícil que o país atravessa, a manutenção dos empregos é essencial para que os trabalhadores sobrevivam com o mínimo de dignidade. “A categoria está à beira do desespero, uma vez que já é do conhecimento de todos que a empresa demite sem qualquer pesar ou consideração”.afirmou Leandro Fonseca dirigente do Sinttel-DF.

De acordo com o sindicalista, a orientação aos funcionários demitidos até o momento é para que também realizem denúncias ao MPT, cobrando o cumprimento do TAC.

Fonte: CUT Brasília