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Sinpro-DF lança inciativa contra violência nas escolas

A ação “Sinpro com você contra a violência” vai desenvolver ações diversas, a curto e médio prazo

Publicado: 16 Outubro, 2024 - 10h33 | Última modificação: 16 Outubro, 2024 - 10h47

Escrito por: Sinpro-DF, com edições da CUT-DF

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Diante de crescentes casos de violência nas escolas, o Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) apresenta protocolo para prevenção, atendimento e acompanhamento das ocorrências. Trata-se do “Sinpro com você contra a violência”, que vai desenvolver ações diversas, a curto e médio prazo.

A entidade orienta que, ao sofrer um episódio de violência na escola, o professor(a) ou orientador(a) educacional procure um diretor do Sindicato para dar encaminhamento à situação.

Os profissionais serão acolhidos com atendimento jurídico na área trabalhista e receberão todas as orientações necessárias. A ideia é que nenhuma vítima de violência fique silenciada ou desamparada.

De acordo com o Sinpro-DF, os atendimentos realizados formarão um banco de dados – com todo sigilo quanto às informações individuais ─ que alimentará o Observatório Contra a Violência nas Escolas. A partir daí, o Sindicato terá as informações necessárias para exigir da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) políticas de prevenção à violência contra os profissionais do magistério, tornando a pauta uma reivindicação permanente da mesa de negociação.

Prevenção

A iniciativa prevê também ações de prevenção, com a afixação de plaquinhas nas escolas, afirmando que desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela é crime e pode resultar em pena de detenção de seis meses a dois anos ou multa.

Outra iniciativa importante é a formação no local de trabalho, com o objetivo de fomentar uma cultura de paz e respeito. Neste sentido, as secretarias de Mulheres, de Saúde, de Raça e Sexualidade e de Assuntos Jurídicos do Sinpro realizarão ações conjuntas nas escolas para levar oficinas, palestras e materiais de apoio.

“Sabemos que os principais alvos da violência são mulheres, pessoas negras, população LGBT+. No caso do magistério, sabemos também que há segmentos da nossa categoria mais vulneráveis em relação aos demais, como profissionais em regime de contrato temporário ou aqueles e aquelas que atuam em escolas militarizadas. É preciso atenção para essas particularidades, e as ações terão esse devido recorte”, disse o Sinpro.

Contexto violento

Essa não é primeira ação do Sinpro-DF em relação ao tema. Há tempos, o sindicato vem monitorando e tomando iniciativas nessa direção. Ao longo dos anos, foram realizadas pesquisas, atividades nas escolas e no sindicato, campanhas, além de debates com o governo, a Câmara Legislativa e o Ministério Público.

O Sindicato lembra que, nos últimos anos, ideólogos da extrema direita que se apresentam como “sem partido” construíram uma atmosfera de desconfiança e desqualificação do trabalho de professores e professoras. Essas lamentáveis ideias, segundo a entidade, deram origem e respaldo a propostas como a lei da mordaça, o homeschooling, a militarização, a instalação de câmeras em salas de aula, buscando o fim da liberdade de cátedra, a censura de conteúdos e a perseguição de docentes.

“Esse discurso gera uma onda de violência contra professores e professoras, seja através de ameaças, intimidação, exposição em redes sociais ou até violência física. Isso significa que os casos de agressão na escola aumentaram, somando-se a episódios violentos de outras naturezas”, disse o Sindicato.

Outro aspecto da campanha é o combate ao assédio moral, que é um conjunto de comportamentos abusivos, humilhantes e constrangedores, praticados de forma repetitiva e prolongada, causando danos à integridade física e psíquica de uma pessoa no seu local de trabalho.

“Fique atento e atenta aos sinais, para também poder ajudar colegas que se encontrem nesta situação. Divulgue o protocolo e as ações do Sinpro de combate à violência. O Sinpro está com você para vencer a violência e construir um ambiente de solidariedade e empatia para toda a comunidade escolar”, pontua o Sinpro.