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Sinpro-DF inaugura neste sábado (13) o Espaço Educador Chico Mendes

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) inaugura as instalações do Espaço Chico Mendes, um Centro de Referência em Educação Socioambiental, na Chácara do Professor, no próximo sábado (13), às 13h. O Espaço Chico Mendes se propõe a promover trocas e difusão de conhecimento e práticas ambientalistas saudáveis para a comunidade escolar, movimentos sociais e […]

Publicado: 11 Junho, 2015 - 16h48

Escrito por: Jean Maciel

Jean Maciel
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O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) inaugura as instalações do Espaço Chico Mendes, um Centro de Referência em Educação Socioambiental, na Chácara do Professor, no próximo sábado (13), às 13h. O Espaço Chico Mendes se propõe a promover trocas e difusão de conhecimento e práticas ambientalistas saudáveis para a comunidade escolar, movimentos sociais e universidades. A Chácara é usada há 33 anos pela categoria como centro de formação, mas somente a partir da última gestão do Sindicato que foi possível consolidar a construção do projeto.

O novo espaço é constituído por uma praça com quatro áreas para uso pedagógico: um Centro de Formação, uma Oca (espaço aberto para cirandas, reuniões, aula ao ar livre); um Salão Multiuso; e os Sanitários Compostáveis, que não usa água. Todos esses equipamentos próximos uns dos outros.

A categoria poderá usá-los para atividades pedagógicas e para oficinas de formação dentro da temática ambiental relacionadas ao cerrado e preservação, mas com a responsabilidade ecológica. Trata- se de um espaço para turismo ecológico também.

A Chácara do Professor tem ainda oito quiosques, que podem ser usados pelos professores para churrasco com amigos e família, e piscinas.  Há também duas trilhas – a Trilha das Águas e Trilha das Árvores –, bem como bacias de águas correntes oriundas das nascentes e, ainda, Praça do Sol, onde ocorrem as festas juninas do Sindicato.

Sindicalista assassinado

O nome dado ao Centro de Referência em Educação Socioambiental, Espaço Educador Chico Mendes,  homenageia o líder sindicalista e ativista ambiental brasileiro que lutou pela preservação da Floresta Amazônica e pelos seringueiros. Chico Mendes (1944-1988 ) iniciou sua atuação como sindicalista em 1975, quando assumiu a secretaria geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasileia, no Acre.

No ano seguinte iniciou sua luta em defesa da posse de terra para os habitantes nativos da região. Criou os “empates”, uma forma de luta pacífica para impedir o desmatamento da floresta, onde toda a comunidade se mobilizava e fazia barreiras com o próprio corpo nas áreas ameaçadas de destruição pelos serralheiros e fazendeiros.

Chico Mendes recebeu em Xapuri, uma comissão da ONU, que viu de perto a destruição da floresta e a expulsão dos seringueiros. Dois meses depois o financiamento foi suspenso e o BID exigiu do governo brasileiro o estudo do impacto ambiental na região. O Senado americano, onde Chico Mendes também foi convidado a falar, fez recomendações a diversos bancos que também financiavam projetos na região. No mesmo ano Chico Mendes recebeu da ONU o Prêmio Global 500, de Preservação Ambiental.

Em 1988 é criada, no Acre, a União Democrática Ruralista (UDR), reunindo latifundiários e pecuaristas. Em contrapartida, nesse mesmo ano Chico Mendes participa da criação da primeira reserva extrativista do Acre. Após a desapropriação das terras do fazendeiro Darly Alves da Silva, Chico Mendes recebe ameaças de morte, por prejudicar o progresso da região, e denuncia às autoridades pedindo proteção.

Chico foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores e durante o Terceiro Concut (Congresso Nacional da CUT), ele voltou a denunciar as ameaças que vinha recebendo através da tese “Defesa do Povo da Floresta”, em nome do sindicato de Xapuri. No dia 22 de dezembro de 1988, ao sair de sua casa em Xapuri, Chico Mendes é assassinado com tiros de escopeta, deixando esposa e dois filhos pequenos. Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou o fazendeiro Darly Alves a dezenove anos de prisão pela morte de Chico Mendes.

Fonte: CUT Brasília e Sinpro-DF

 

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