Sindicom reúne mulheres em debate sobre saúde, autocuidado e direitos trabalhistas
O encontro foi parte das ações do Outubro Rosa e contou com palestras sobre temas relacionados ao bem-estar da mulher e ao mundo do trabalho
Publicado: 18 Outubro, 2024 - 11h18 | Última modificação: 18 Outubro, 2024 - 11h33
Escrito por: CUT-DF
Em alusão ao Outubro Rosa, o Sindicato dos Comerciários do DF (Sindicom-DF) realizou café da manhã especial, nessa quinta-feira (17), com a participação de trabalhadoras da base. O encontro contou com palestras de profissionais das áreas jurídicas e da saúde sobre temas relacionados ao bem-estar da mulher e ao mundo do trabalho.
A secretária de Mulheres do Sindicom-DF ─ pasta que organizou a ação ─, Oneides Pacheco, explicou que o café da manhã foi pensado como um momento de descontração para as trabalhadoras, mas também de reflexão.
“É muito importante as mulheres terem esse tipo de ação. As mulheres trabalhadoras não têm tempo para se cuidarem, elas cuidam do marido, da casa, do trabalho e esquecem delas mesmas. Então, a gente está sempre lembrando, falando para elas terem um tempo para si, porque é muito importante elas se cuidarem. Essa ação foi pensada para elas terem um minuto para elas mesmas, para poder sorrir, conversar, espairecer”, disse.
Autocuidado
“A nossa categoria é majoritariamente composta por mulheres, mais de 70%, e acredito que seja super importante vários debates como esse, principalmente focando a questão da saúde. A mulher comerciária trabalha muito e não tem muito tempo de se cuidar, e a gente precisa mostrar para elas que o cuidado é importante, porque saúde não espera”, disse a secretária-geral do Sindicom-DF, Geralda Godinho.
O mesmo entendimento foi compartilhado pela secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Thaisa Magalhães, que destacou a necessidade de as mulheres praticarem o autocuidado. Ela lembrou ainda da sobrecarga imposta segmento e dos desafios por ele enfrentados diariamente.
“Na sociedade brasileira, nós, mulheres trabalhadoras, somos quem cuidamos. Não só das pessoas da nossa casa, mas da sociedade em si. A gente é imbuído a esse trabalho, um trabalho que deveria estar sendo feito pelo Estado, mas que sobrecarrega as mulheres. E o resultado disso é que, muitas vezes, a gente acaba não tendo um tempo para cuidar de nós mesmas. Cuidamos dos outros, mas acabamos negligenciadas, tanto pelas outras pessoas quanto por nós mesmas”, disse.
Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou a importância da manutenção da unidade entre as mulheres e da luta conjunta. “Que lutemos todos os dias, como nós lutamos permanentemente, sem medo de sermos mulheres. Vamos construir um mundo de igualdade de direitos e de felicidade. Viva as mulheres do nosso Brasil, as mulheres trabalhadoras, que enfrentam a dupla e a tripla jornada, as mulheres que abrem mão da própria felicidade e da autonomia dos seus corpos e da sua própria vida”, disse a parlamentar.