Escrito por: Leandro Gomes
O Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM-DF), um dos principais ambientes coletivos de construção e implementação de políticas públicas voltadas às mulheres, conta com a participação de quatro sindicalistas CUTistas. A cerimônia de posse aconteceu na última quinta-feira (31).
Vitória Silva, secretária de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do DF e Entorno (Sintect-DF), Vilmara do Carmo, ex-diretora de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF), Antônia Silva, secretária de Mulheres do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindsep-DF) e Thaísa Magalhães, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, agora integram o Conselho, que é formado por representantes do poder público do DF e entidades da sociedade civil.
Ocupar e resistir
Essa não é a primeira que a CUT integra o CDM-DF. Sempre centrada na luta pelos direitos das mulheres, a Central, em parceria com sindicatos e movimentos feministas, ocupou duas vagas no Conselho, na última gestão do governo Ibaneis.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Thaísa Magalhães, é fundamental que a CUT ocupe esses espaços coletivos de discussão de políticas públicas, como o CDM-DF. Para ela, são neles que o movimento de mulheres tem acesso a informações sobre a implementação de políticas públicas.
“A partir desse conhecimento, temos a possibilidade de denunciar para a sociedade os casos de negligências. Como por exemplo, por que o governo está dizendo que tá tudo bem e o DF só aumenta o número de casos de feminicídio? É porque não tem dinheiro investido nas políticas de proteção e sabemos disso detalhadamente porque estamos no Conselho”, disse.
Desafio e honra
Eleita para a suplência, Antônia Silva, conta que se sente honrada em ser uma das conselheiras, apesar de ser uma experiência desafiadora. “É a primeira vez que integro o Conselho e a expectativa é muito grande. O desejo é que consigamos aprovar algumas coisas da CUT e avançar na pauta em defesa dos direitos das mulheres. É fundamental ocuparmos esses espaços para o governo saber que existimos”, disse Antônia.
O mesmo sentimento é compartilhado por Vitória Silva, que ocupa uma cadeira como conselheira titular. “Compor o CDMDF é um novo desafio para mim, como mulher, mãe, trabalhadora e sindicalista, sinto-me honrada em pode dar voz e representar tantas outras mulheres. Com certeza, estarei presente para fiscalizar, participar de ações e de projetos sobre esse assunto tão caro para nós mulheres”, disse.
Já Vilmara do Carmo, eleita conselheira titular, destacou que o Conselho “é um espaço de fiscalização e controle que a gente não pode abrir mão”.
“Um dos papeis do movimento sindical é justamente a cobrança da realização e garantia dos direitos. E sobre os direitos das mulheres trabalhadoras, a CUT tem cada vez mais centrado nessa atuação. Então, estamos ali no Conselho justamente para exercer essa atuação, na cobrança e fiscalização para que esses direitos sejam garantidos”, afirmou.
O Conselho dos Direitos da Mulher do DF
Criado pelo decreto nº 11.036 de 9 de março de 1988, o Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM-DF), é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa.
Vinculado à Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal, O CMDF tem o objetivo de formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito distrital, voltadas à eliminação da violência e da discriminação, à promoção e defesa dos direitos das Mulheres, assegurando a elas condições de liberdade e igualdade de oportunidades e direitos.