Escrito por: Marina Maria
Classificada como “a mais bela experiência de organização da classe trabalhadora” por Rejane Pitanga, a Central celebra conquistas e aponta para novos desafios
Em homenagem aos 41 anos da Central Única dos Trabalhadores, a Câmara Legislativa do DF (CLDF) realizou sessão solene, na noite dessa segunda-feira (2). O evento foi solicitado pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF).
Com a participação de dirigentes e militantes da CUT, além de ex-presidentes e deputados, a atividade destacou a atuação da Central em prol dos direitos da classe trabalhadora, da democracia e soberania do país, além da defesa dos segmentos mais vulneráveis.
Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, evidenciou a participação de todos os membros da diretoria da Central e dos funcionários. “Tenho honra muito grande em presidir a CUT neste momento”, disse.
O dirigente falou ainda sobre os desafios enfrentados durante o governo Bolsonaro e da resistência da Central naquele momento e, mais recentemente, pela reconstrução do Brasil.
“Vamos continuar fazendo a luta na institucionalidade e nas ruas. Continuaremos apoiando os governos vinculados à classe trabalhadora, atuando nos tribunais, pressionando a Superintendência Regional do Trabalho, organizando e mobilizando trabalhadores. Com isso, vamos construir mais 41 anos de muita luta, com mais justiça, mais igualdade e mais democracia”, afirmou Rodrigues.
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A mais bela experiência de organização da classe trabalhadora
Enxergar os trabalhadores como seres integrais é uma marca da CUT. E esse foi o destaque da fala de Rejane Pitanga, ex-presidenta da CUT-DF. “Por isso, a Central debate todos os temas relativos à classe trabalhadora, porque percebe que se trata de pessoas. Eu tenho um orgulho enorme de ser a primeira professora a dirigir a CUT-DF, pois considero que esta é a mais bela experiência de organização dos trabalhadores”, afirmou Rejane.
Essa característica também foi citada por outra ex-presidenta e atual deputada federal, Erika Kokay. “A CUT provoca esse sentimento de classe e, para além de lutar pelos interesses da classe trabalhadora, adentra experiências e diz que é preciso um ambiente que respeita a nossa humanidade, o direito, a equidade de gênero,um local de trabalho que não seja moinho dos nossos sentimentos”, afirmou.
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O deputado distrital e primeiro presidente da CUT-DF, Chico Vigilante, disse que foi um prazer─ apesar das dificuldades ─ estar na primeira Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), responsável pela fundação da Central. “Achávamos que tínhamos superado a ditadura no Brasil, mas vimos o quanto a extrema direita se organizou no mundo todo e, aqui no Brasil, estufa o peito”, afirmou Chico.
O parlamentar recordou ainda os direitos que foram suprimidos ao longo dos governos Temer e Bolsonaro, e citou os ataques recentes que vêm de fora e as tentativas de desestabilização do governo Lula.
“Dificilmente a gente teria um governo representado pela terceira vez pelo presidente Lula se não tivesse a CUT, mas acredito também que não existiria CUT se não fosse Lula. Hoje a gente tem dimensão do que é a CUT, e ela merece todo apoio, todo aplauso. Parabéns aCUT, pela sua existência, e todos a nós, por fazer parte dessa construção”, disse Chico Vigilante.
A atividade contou ainda com a exibição de dois vídeos institucionais. O primeiro, produzido pela CUT Brasil , fala sobre os desafios históricos e a organização da classe trabalhadora. Já o segundo, da CUT-DF, entrevistou vários dirigentes sindicais para falar como a Central colaborou para as lutas de cada categoria. Assista aqui.