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"Servidores querem dignidade", diz secretário-geral da Condsef sobre Orçamento

"Se o governo Bolsonaro quer remeter essa discussão (sobre reajuste) para março as consequências poderão ser a maior greve do funcionalismo", frisou Sérgio Ronaldo da Silva em entrevista à TV Cultura

Publicado: 25 Janeiro, 2022 - 11h43 | Última modificação: 25 Janeiro, 2022 - 11h54

Escrito por: Condsef/Fenadsef

Sérgio Ronaldo da Silva (Reprodução/Jornal da Cultura)
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Na última segunda-feira (24), foi sancionado o orçamento da União. Mais de R$3 bilhões foram vetados de ministérios-chave para políticas públicas, incluindo cortes em pesquisas científicas. O montante de R$1,7 bilhões destinado a reajuste de servidores é outro destaque. A decisão do governo deve ficar para março. Por ser ano eleitoral, há limite até abril para decisões acerca de reajuste ao funcionalismo. O vice Hamilton Mourão chegou a declarar a impossibilidade de assegurar reajuste linear: "vai dar quanto para cada um? Dez centavos de aumento?"

Já Bolsonaro chegou a declarar que os salários de todos poderiam ser corrigidos em 2023, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, portanto, apenas uma promessa sem sustentação na realidade. Ao Jornal da Cultura, o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, pontuou que servidores não querem dez centavos de reajuste, querem dignidade. "Se o governo Bolsonaro quer remeter essa discussão [sobre reajuste] para março as consequências poderão ser a maior greve do funcionalismo", frisou. 

Especialistas alertam que caso Bolsonaro insista em seguir na ideia de conceder reajuste apenas a algumas categorias, o governo deve estar preparado para enfrentar uma batalha judicial de outros servidores, baseados no Regime Jurídico Único (RJU).

Confira análise de Sérgio Ronaldo: