Escrito por: CUT-DF com informações do Sindicato dos Bancários de Brasília
Nas últimas semanas, dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Brasília têm recebido diversas denúncias e reclamações sobre ameaças dentro da sede do BRB no Centro Empresarial CNC.
“Constatamos em algumas gerências um extremo grau de insatisfação, desânimo e ansiedade, principalmente naquelas vinculadas à Diretoria de Controle e Riscos, a qual se encontra sob a gestão do diretor Alfredo Luiz", disse o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.
De acordo com a entidade sindical, as denúncias apontam ameaças de descomissionamento e transferências forçadas para agências. "São fatos que, se confirmados, constituem um extremo absurdo e são absolutamente inaceitáveis. Tal procedimento ainda carrega um quê de preconceito por parte dos gestores que estejam fazendo isso, pois trata as agências como locais de punição, demonstrando o descaso destes para com os pontos de atendimento, responsáveis pelos negócios que garantem o salário e PLR deles inclusive”, afirmou o sindicalista.
Segundo o Sindicato dos Bancários, tal prática, se confirmada, constitui assédio moral, um problema que adoece os trabalhadores e atinge também todo o conjunto da instituição.
“Uma das maiores causas de adoecimento no trabalho é o assédio moral. Essa lógica autoritária é reconhecidamente contraproducente, pois gera um ambiente de trabalho tóxico e, no médio prazo, provoca resultados contrários à própria empresa. Instituições modernas previnem essa prática atrasada. O BRB, como banco público, deve cuidar de educar seus gestores para que a tentação do mandonismo medíocre não contamine a vida laboral de seus funcionários”, ponderou Ricardo Berzoini, ex-ministro do Trabalho e bancário aposentado, em palestra no 11º Congresso Distrital dos Bancários do DF e Entorno.
“O BRB, em que pese ter instrumentos, inclusive no acordo coletivo, para coibir esta prática, ainda registra diversas denúncias de assédio, e, a considerar aquelas recebidas pelo Sindicato, parece que está havendo um crescimento desse nefasto comportamento. Não raro há indicações dos empregados de que a prática tem origem na própria diretoria do banco”, complementou Ronaldo.
Por fim, o sindicato destacou que os empregados do BRB não podem aceitar essa prática e que devem denunciar à entidade sindical e, se for o caso, também à polícia e ao Ministério Público do Trabalho.
"O Sindicato tem instrumentos para agir na busca da contenção do assédio de toda natureza. É preciso que os bancários do BRB se unam em uma cruzada contra a execrável prática do assédio", afirmou a entidade.