A ação dialoga com o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTQIAPN+fobia, celebrado no dia 17 de maio
No decorrer do mês de maio, o Coletivo LGBTQIAPN+ da CUT rodou o Distrito Federal e afixou placas inclusivas nas sedes de diversas entidades CUTistas. A ideia é construir espaços seguros para todos os segmentos da classe trabalhadora e combater o preconceito e a discriminação.
A placa afixada apresenta os seguintes dizeres:
“Neste espaço, não aceitamos qualquer forma de violência ou preconceito em virtude de raça, gênero, identidade e orientação sexual, idade, deficiência ou religião.”
A ação dialoga com o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTQIAPN+fobia, celebrado no dia 17 de maio, e traz uma reflexão sobre a necessidade de as entidades sindicais abordarem, cada vez mais, a pauta da inclusão e da representatividade no movimento sindical.
De acordo com o coordenador do Coletivo LGBTQIAPN+ da CUT-DF, João Macedo, o mundo do trabalho tem passado por mudanças estruturais, e os sindicatos devem acompanhar essas transformações para conseguir representar todos os trabalhadores.
“Foi nessa perspectiva de pensar no futuro dos sindicatos que o Coletivo da CUT-DF pensa em construir diálogos com todos os sindicatos CUTistas. Essa ação foi uma iniciativa para provocar as entidades à construção de seus coletivos e, assim, podermos trabalhar essas questões de forma coletiva”, afirmou João.
A mesma compreensão é compartilhada por Rose Uranga, do Coletivo da CUT-DF. Para ela, é fundamental reafirmar a importância da participação dos sindicatos na luta por inclusão e respeito.
“Acredito que os sindicatos são grandes aliados para ajudar as pessoas LGBTs a garantir direitos, proteção e respeito. O trabalho do nosso coletivo é esse, trazer os sindicatos para o debate e assim poder ajudar os filiados que sofrem todos os tipos de preconceito, falta de respeito à sua individualidade e o apagamento de seus direitos”, disse a sindicalista.
Dia Internacional de Luta Contra a LGBTQIAPN+fobia
O Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia é celebrado anualmente em 17 de maio em alusão à mesma data, em 1990, quando a OMS excluiu a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
O objetivo é promover ações de combate ao preconceito e discriminação contra pessoas LGBTQIAPN+ e promover a conscientização sobre o respeito ao segmento.
No Brasil, a data passou a integrar o calendário oficial em 2010, com assinatura de decreto pelo então presidente Lula.