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Sem Direitos Não é Legal| Campanha conscientiza funcionários de fast food

A atividade, que aconteceu em várias partes do mundo, denuncia as práticas abusivas do setor

Publicado: 26 Outubro, 2021 - 17h33 | Última modificação: 26 Outubro, 2021 - 17h57

Escrito por: Marina Maria

Marina Maria
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Em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do MCDonald's, a CUT-DF participou, na manhã desta terça-feira (26), de um ato simbólico em frente à unidade da empresa localizada no Setor Comercial Norte. A atividade foi realizada com o objetivo de levar conhecimento sobre assédio moral, sexual, racismo e LGBTQIA+fobia no ambiente de trabalho e contou com a participação de dirigentes da Contracs/CUT, Fetracom, Sechosc/DF, Sindicato dos Comerciários e do SEIU (Service Employees International Union), entidade sindical que representa quase dois milhões de trabalhadores.  

Encabeçada pela campanha: “Sem direitos não é legal”, a manifestação em Brasília aconteceu em conjunto com uma mobilização internacional, que paralisou os restaurantes da rede em pelo menos 12 cidades norte-americanas. O evento foi motivado nos Estados Unidos pelo estupro de uma trabalhadora de apenas 14 anos praticado por um gerente. Os trabalhadores reivindicam que a empresa multinacional seja responsabilizada pelos casos recorrentes de assédio sexual e violência contra os funcionários. 

“Hoje vimos como funciona o assédio moral no MCDonald's. Tentamos entregar o material de conscientização para os trabalhadores e vimos o gerente reprimindo essa interação. O cotidiano é isso, eles não querem que a informação chegue até as pessoas porque assim elas ficam mais desprotegidas. Mas a luta continua e com a mobilização e a união vamos acabar com a violação de direitos em todo o mundo”, afirmou o presidente da Contracs/CUT, Julimar Roberto. 

No material que foi entregue às trabalhadoras e trabalhadores do restaurante, continha máscaras de proteção, álcool em gel e uma cartilha esclarecendo sobre assédio moral, sexual, racismo, opressões de gênero e LGBTQIA+fobia no ambiente laboral. 

Sobre a campanha 

Os casos de assédio sexual, assédio moral e racismo contra trabalhadores no McDonald’s do Brasil têm despertado a atenção da Justiça nos últimos anos. No final de junho, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar essas denúncias. A decisão foi tomada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo. No despacho, a Procuradora do Trabalho aponta a requisição de documentos e informações, depoimentos, certidões e demais diligências para análise de possível ação civil pública, a ser ajuizada para apurar as responsabilidades da empresa.

A denúncia contra a empresa foi apresentada pela CUT, a Contracs e a  UGT (União Geral dos Trabalhadores). Em maio de 2020, uma reclamação sobre o problema de assédio sexual global e sistêmico do McDonald's também foi apresentada à Organização para OCDE (Cooperação e Desenvolvimento Econômico), na Holanda, por uma coalizão internacional de sindicatos representando dezenas de milhões de trabalhadores em vários países. A UGT levou as queixas de funcionários contra a empresa no Brasil. Sobre a campanha Sem Direitos Não É Legal A campanha “Sem Direitos Não É Legal” faz parte de uma iniciativa global pelos direitos dos trabalhadores do McDonald's, que se concentra nas violações às leis brasileiras, práticas anticoncorrenciais de “social dumping” e desrespeito contínuo aos direitos trabalhistas básicos. A campanha luta por mais segurança no trabalho, no caso específico, as redes de fast-food; fim do acúmulo de funções, pagamento de insalubridade e combate ao assédio sexual e moral, ao racismo e à LGBTQIA+fobia. 

Com informações de: Campanha Sem Direitos Não é Legal.