MENU

Sem adicional insalubridade, terceirizados da Planalto na UnB param

Em assembeia realizada nessa quarta-feira (10), na Praça Chico Mendes, 275 trabalhadores terceirizados da empresa Planalto lotados na Prefeitura da Universidade de Brasília – UnB decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado. A deliberação é consequência do não pagamento do adicional insalubridade. O pagamento do benefício é feito aos trabalhadores há cerca de 10 anos, […]

Publicado: 11 Dezembro, 2014 - 16h44

Escrito por: Leandro Gomes

Leandro Gomes
notice

Em assembeia realizada nessa quarta-feira (10), na Praça Chico Mendes, 275 trabalhadores terceirizados da empresa Planalto lotados na Prefeitura da Universidade de Brasília – UnB decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado. A deliberação é consequência do não pagamento do adicional insalubridade.

O pagamento do benefício é feito aos trabalhadores há cerca de 10 anos, mas foi suspenso devido a um imbróglio entre a empresa e a UnB.

De acordo com o diretor de terceirização do Decanato de Gestão de Pessoas da UnB, Júlio Versiani, na renovação do contrato com a Planalto, em fevereiro deste ano, foi apresentado à empresa modificações ao laudo pericial que mostra as funções que deverão receber o adicional insalubridade. “A empresa deve acatar ou contestar, e ela não fez nada”, afirma Versiani. Segundo o diretor, a UnB continua pagando à empresa o valor referente ao adicional insalubridade dos trabalhadores da Planalto. Por outro lado, representação da empresa Planalto afirma que a UnB não repassou à empresa o valor referente ao adicional insalubridade que deve ser pago aos trabalhadores.

“Existe um laudo pericial, feito pela Planalto, vigente. A UnB pode ter feito considerações a este laudo, mas isso não quer dizer que tenha sido aprovado um novo documento. Por isso, o adicional insalubridade não pode ser retirado de nenhum trabalhador”, explica o assessor jurídico do Sintfub, sindicato que representa os técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados da UnB, Valmir Floriano.

Diante do impasse, o Sindiserviços, que representa os trabalhadores terceirizados do DF, e o Sintfub indicaram uma engenheira do trabalho para refazer o laudo pericial que mostra as funções que deverão receber o adicional insalubridade. O novo documento, já finalizado, não só reafirma a obrigatoriedade de pagamento do benefício para os 275 terceirizados da Planalto que já tinham direito ao valor, como amplia as funções que deverão receber o adicional insalubridade.

O laudo foi encaminhado à Planalto e à UnB ainda em novembro, mas até agora não houve pronunciamento da Universidade.

“Se existe algum imbróglio entre a UnB e a Planalto, isso não é problema do trabalhador. Exigimos o pagamento do adicional insalubridade e só voltaremos a trabalhar quando isso foi feito”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes, que também é dirigente da CUT Brasília.

Outras iniciatvas
Para tentar agilizar o pagamento do adicional insalubridade aos trabalhadores terceirizados da empresa Planalto lotados na Prefeitura da UnB, o Sindiserviços e o Sintfub acionaram o Ministério Público do Trabalho em novembro. Nessa terça-feira (9), representantes das entidades sindicais voltaram ao órgão e foram informados de que haverá audiência de conciliação entre a empresa, a UnB, o Sintfub e o Sindiserviços, no dia 16 de dezembro, às 15h.

CUT Brasília, com Sintfub