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Sechosc luta para combater o fracionamento da categoria

Os representantes do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e Similares do Distrito Federal (Sechosc) acusam o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Carlos Cavalcante de Lacerda, de conceder um registro de permissão para uma nova entidade de nome “Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Rápidas […]

Publicado: 03 Abril, 2017 - 09h44

Os representantes do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e Similares do Distrito Federal (Sechosc) acusam o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Carlos Cavalcante de Lacerda, de conceder um registro de permissão para uma nova entidade de nome “Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Rápidas (Fast-Food)”, desvinculando os trabalhadores que já são representados pelo Sechosc. Essa permissão fraciona a base para interesses de empresários.

Esse pedido de registro estava arquivado há mais de onze anos e para os representantes do Sechosc, a medida configura tráfico de influência e até atos de corrupção. Jairo Soares Santos, advogado do sindicato, considera um absurdo o que o secretário está fazendo.  “Constatamos que não há pedido escrito no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre essa ação, o que consideramos mais um absurdo. Não tem sentido um servidor conceder um registro totalmente irregular e infundado”, afirmou.

Como resultado, o sindicato entrou com um mandato de segurança contra o secretário, contra a concessão de registro e contra o sindicato criado. O prazo para que estes se manifestem é de 10 dias, contados desde a semana passada.  Os representantes também distribuíram o mandato para 30 varas do Trabalho de Brasília.

Vale ressaltar que os trabalhadores vinculados ao Sechosc, em momento algum, manifestaram interesse em se desvincularem do sindicato. Para a direção, essa é uma tentativa de enfraquecimento da luta dos trabalhadores por interesse dos empresários que, até o momento, não mostraram seus reais motivos.

“Há jurisprudência dos tribunais quanto a decretar a ilegalidade do ato praticado pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego nomeado pelo governo Temer. Ele não tem competência para isso. O interesse deles é fracionar a base para beneficiar objetivos desconhecidos de grupos que não conhecemos”, concluiu Jairo Soares.

Fonte: CUT Brasília com informações do Sechosc