Rodoviários do DF aprovam proposta de reajuste e conquistam ganho real
Além de reajuste salarial de 6,6% nos salários, o sindicato garantiu a estabilidade dos cobradores por dois anos
Publicado: 23 Setembro, 2024 - 13h42 | Última modificação: 23 Setembro, 2024 - 15h27
Escrito por: Leandro Gomes
Os rodoviários e as rodoviárias do DF aprovaram a proposta das empresas de ônibus para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024-2026. Arrancada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres do Distrito Federal (Sinttrater), filiado a CUT ─ após diversas rodadas de negociações, a proposição foi aprovada pelos trabalhadores em assembleia, nesse domingo (22).
Entre as conquistas, estão reajuste de 6,6 % nos salários, 12 % na cesta, 11 % no ticket-alimentação e 6% nos planos de saúde e odontológico.
Além disso, o ACT, que antes tinha validade de um ano, passa a valer por dois anos. “Em 2025, as únicas cláusulas que vamos negociar serão as econômicas. Todas as demais estão mantidas”, disse Tatiane Lopes, diretora do Sindicato dos Rodoviários e da CUT-DF.
Segundo a sindicalista, o ACT venceu em 31 de julho, e as negociações começaram no dia 1º de agosto. De lá pra cá, ocorreram diversas reuniões entre representantes da categoria e das empresas para tentar chegar a um acordo. Mas, mesmo com os esforços da entidade sindical, apenas nesse sábado (21) é que foi apresentada uma proposta satisfatória.
Estabilidade de dois anos para cobradores
Outro ponto importante conquistado no ACT e aclamado pelos trabalhadores foi a estabilidade de dois anos para os cobradores e as cobradoras dos coletivos. Após o fim da circulação de dinheiro em espécie no transporte público do DF, os cerca de 6 mil trabalhadores corriam risco de perder o emprego.
Em entrevista a veículos de imprensa da capital federal, o secretário de Transporte e Mobilidade (Semob), Zeno Gonçalves, chegou a afirmar que nenhum cobrador de ônibus seria mandado embora. Porém, para garantir mais segurança aos cobradores, o Sindicato formalizou a estabilidade no Acordo Coletivo.
“A categoria viu com bons olhos essa proposta, principalmente, os cobradores, porque eles estavam amedrontados pelo fato de o governo estar tirando o dinheiro dos ônibus. Havia uma preocupação do que iria acontecer com esses trabalhadores após todas as linhas deixarem de receber o pagamento em espécie. Diante disso, nós, como Sindicato, conseguimos garantir a manutenção dos empregos”, disse Tatiane.