Escrito por: Leandro Gomes
Para os sindicatos que representam o funcionalismo público no DF, o retorno presencial só deve acontecer 15 dias após a imunização de toda a categoria e com condições dignas de trabalho e medidas sanitárias
O retorno dos servidores públicos do DF às atividades presenciais só deve acontecer 15 dias após a imunização de toda a categoria. É o que defendem a CUT-DF e as entidades sindicais que representam o funcionalismo público na capital federal. Os sindicatos destacam ainda que, para que o retorno ocorra de forma segura para todas e todos, o GDF deve garantir condições dignas de trabalho e medidas sanitárias em todos os espaços.
A deliberação foi tomada nesta quarta-feira (7) em reunião virtual que debateu o decreto 42.253 ─ publicado do Diário Oficial do DF na quinta-feira (1º). Participaram do encontro a CUT-DF, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no DF (Sinarq-DF), Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-DF), Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mita do DF (Sindser-DF), Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) e o Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindireta).
O decreto, que apresentou duas versões no mesmo dia, determina que os servidores, empregados, estagiários e colaboradores em regime de teletrabalho nos órgãos da administração direta, indireta, autárquica e fundacional do DF, devem voltar ao trabalho presencial.
A primeira versão documento estipulava que o funcionalismo público retornasse 15 dias após tomar última dose da vacina ─ dose única para a Janssen e duas doses para as demais. Entretanto, a segunda versão retirou o trecho que tratava do período necessário para concluir o ciclo de imunização, o que deixou em aberto várias questões. Outra reivindicação das entidades sindicais é que o as servidoras e os servidores não sofram perda salarial enquanto se estender o teletrabalho, como tem ocorrido em alguns casos.
Para fortalecer a mobilização, os sindicatos enviarão um documento ao GDF alertando quanto aos perigos do retorno presencial sem planejamento e solicitando audiência para debater o tema. Além disso, a discussão será levada à Câmara Legislativa do DF (CLDF) para que os parlamentares se posicionem sobre o decreto.
“As servidoras e os servidores públicos não podem retornar ao trabalho presencial sem que todas e todos estejam imunizados e sem que haja condições dignas de trabalho para exercer as atividades presenciais. Isso colocaria em risco toda a população. O GDF precisa entender que o cuidado com o povo não acaba com a vacinação”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.