Mais de 20 militantes de múltiplas frentes e movimentos sociais saudaram o Congresso e os 40 anos da Central Única dos Trabalhadores; o fortalecimento da democracia também foi evidenciado
A união da classe trabalhadora, em suas mais diversas organizações, ramos e segmentos, foi exaltada na abertura política do CECUT-DF. A atividade reuniu, no mesmo palco, movimentos sociais, centrais sindicais, mandatos de partidos políticos e outros membros da sociedade civil na noite desta sexta-feira (18).
Ao lembrar dos últimos quatro anos de gestão, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, citou as dificuldades enfrentadas pelo movimento sindical com o governo Bolsonaro e a pandemia. “Tivemos que fazer uma Plenária virtual, e é muito bom que agora possamos estar juntos novamente lotando esse espaço para que possamos reconstruir os direitos dos trabalhadores que foram retirados de forma nefasta. Agora teremos uma nova direção, um novo Plano de Lutas e estratégias, e vamos enviar as nossas sugestões para o Congresso da CUT Nacional”, afirmou.
Para Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, a luta encampada pelo movimento sindical nos últimos anos foi extremamente importante para a resistência do país, mas é preciso inovar para lidar com o novo modelo de exploração capitalista. “Enquanto a gente não enterrar esse modelo de sindicalismo ultrapassado, não vamos conseguir proteger quem não tem carteira assinada e nem é servidor público concursado. Metade dos trabalhadores estão fora desse modelo”, afirmou.
O líder ainda salientou a importância de consolidar a democracia no Brasil, preparar a classe trabalhadora para as eleições municipais no próximo ano e para as eleições gerais que se aproximam. A estratégia tem como foco dar prosseguimento à reconstrução da democracia e dos direitos trabalhistas.
CUT de todas as lutas
O coordenador do CECUT-DF, Douglas de Almeida Cunha, ressaltou a importância de promover um Congresso diferente, que dialogasse com todas as pautas sociais, com falas de LGBTQIA+, da juventude, dos movimentos sociais da cultura. “Temos que ter a compreensão de que a luta sindical se faz junto a sociedade, e a sociedade é diversa. Essa é a realidade que temos que compreender e aplicar nas nossas ações”.
O CECUT
Iniciado nesta sexta (18), o CECUT vai até domingo (20). No encontro, além dos debates, será eleita a nova gestão da Central e aprovadas as estratégias e o Plano de Lutas para o quadriênio 2023-2027.
Neste sábado (19), a programação tem início às 9h, com a leitura e aprovação do Regimento Interno do Congresso. Em seguida, às 9h30, está programada a mesa:“Análise de Conjuntura e os Desafios para a Classe Trabalhadora”.
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