Os professores de Formosa, município goiano a 80 quilômetros de Brasília, aprovaram estado de greve, em assembleia da categoria realizada nesta quarta-feira (17). A prefeitura local deve aos professores o retroativo do Piso Salarial Nacional do Magistério de janeiro a maio de 2012, um total de pouco mais de R$ 2 milhões. Em audiência com […]
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A prefeitura local deve aos professores o retroativo do Piso Salarial Nacional do Magistério de janeiro a maio de 2012, um total de pouco mais de R$ 2 milhões.
Em audiência com o Sinprefor – sindicato que representa os servidores públicos municipais – o prefeito Pedro Ivo de Campo Faria fez uma proposta, no mínimo, muito estranha à categoria. Ele sugeriu dividir a dívida em 24 parcelas, começando o pagamento em novembro. O argumento para a não quitação imediata e total da dívida é estar nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Só que esqueceu-se de dizer que ao longo do mandato inchou a máquina administrativa com inúmeras contratações (comissionados e temporários), além de utilizar recursos sem muito critério.
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A secretária de Formação da CUT-DF, Maria Bernardete Diniz Carvalho, que acompanhou a audiência, lembrou que a União repassa verbas aos municípios para a educação e muitas vezes esse dinheiro é utilizado para outros fins. “Recurso da educação é para a educação”, afirmou.
A proposta do governo local foi, então, posta em votação em assembleia e terminou rejeitada por unanimidade. Os professores, mais de 400 presentes, aprovaram uma contraproposta, no sentido de dividir o passivo em três vezes, em folha suplementar, coincidindo com o final de mandato de Pedro Ivo. A categoria aprovou ainda declarar estado de greve. Um documento será formalizado com as deliberações da assembleia e entregue na prefeitura.
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Maria Bernardete reforçou o apoio da Central junto aos professores e lembrou a longa greve do magistério no DF. “A CUT-DF estará junto aos professores de Formosa nesta luta. Assim como foi em Brasília, vamos trazer caminhão de som, auxiliar nas mobilizações, enfim, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. Vamos juntos até a vitória”, enfatizou
A categoria volta a se reunir em assembleia extraordinária, na terça-feira (23/10), para definir os rumos do movimento, possivelmente com a deflagração de greve – caso o governo local não se posicione.
Secretaria de Comunicação da CUT-DF