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Professoras/es protestam contra retorno 100% presencial sem condições sanitárias

No decorrer da mobilização, a comissão de negociação do Sinpro-DF ─ sindicato que representa a categoria ─ foi recebida pelo secretário executivo da SEE-DF, Denilson Bento da Costa para discutir o tema

Publicado: 03 Novembro, 2021 - 14h30 | Última modificação: 03 Novembro, 2021 - 14h53

Escrito por: CUT-DF com informações do Sinpro-DF

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A manhã desta quarta-feira (3) foi marcada por mobilização em defesa da vida.  Contra o retorno 100% presencial das aulas nas escolas públicas do DF, o magistério da capital federal realizou grande ato em frente ao Edifício Phenicia, no Setor Bancário Norte (SBN) ─  local em que funciona a Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEE-DF). O retorno das aulas com 100% dos estudantes estava marcado para hoje.

No decorrer da mobilização, a comissão de negociação do Sinpro-DF ─ sindicato que representa a categoria ─ foi recebida pelo secretário executivo da SEE-DF, Denilson Bento da Costa para discutir o tema.

Na última sexta-feira (29/10), as Secretarias de Educação e de Saúde do Governo do Distrito Federal publicaram no Diário Oficial do DF a portaria conjunta número 12, que determinou o retorno 100% presencial das escolas a partir desta quarta (3). Instituída de forma autoritária e inconsequente, a portaria traz uma série de orientações para a adoção de medidas de proteção contra a Covid-19, mas sem nenhuma garantia de recurso para que sejam feitas as adaptações necessárias nas escolas.

Na avaliação da diretoria colegiada do Sinpro-DF, colocar milhares de estudantes juntos em espaços sem ventilação, sem capacidade para assegurar o distanciamento sanitário exigido, sem nenhuma estrutura física para garantir a segurança da comunidade escolar é, no mínimo, irresponsável.

Além disso, aponta a entidade,  o cenário é ainda mais preocupante se levar em consideração que mais da metade das escolas da rede pública do DF recebe grande contingente de crianças abaixo de 12 anos que ainda não se vacinaram ─ e para as quais não existem vacinas disponíveis. 

“Isso fere os próprios protocolos que a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, publicou recentemente na portaria conjunta do retorno presencial. Itens de segurança elencados nesse protocolo não serão cumpridos com o retorno 100% presencial dos estudantes. Não há nenhuma segurança. Por causa dessa gestão autoritária, embora o governador tenha sido eleito democraticamente, nossa categoria se reuniu hoje em frente ao Phenicia em protesto pela falta de diálogo que a Secretaria de Educação tem demonstrado com relação à organização desse retorno 100% presencial”, explica Letícia Montandon, coordenadora da Secretaria de Imprensa do Sinpro-DF.

A mobilização em frente à SEE-DF continua no decorrer do dia.