Posse de Lula será marcada por grande festa popular e deve reunir milhares

A construção para a grande festa popular que marcará a posse do presidente Lula no dia 1º de janeiro de 2023 está a todo vapor. O evento, que deve ser gigante, está sendo encabeçado tanto pela equipe de transição do governo quanto pela militância de vários estados e do Distrito Federal. A ideia é que, assim como o projeto de governo de Lula, a festividade tenha o povo como protagonista.

Dando mais um importante passo para ajustar os últimos detalhes da celebração, militantes do DF de vários segmentos sociais do participaram de uma Plenária, nesta terça-feira (6), no Sinpro-DF. No auditório lotado de esperança e alegria, os participantes compartilharam informações sobre o que já está sendo preparado a nível nacional e agendaram novo encontro esta quinta-feira (8), a partir das 18h30, na CUT-DF.

Essa nova atividade, definirá os responsáveis por coordenar as equipes de trabalho que cuidarão da recepção de militantes de outros estados que virão para a posse no DF, da preparação dos espaços que já foram cedidos para os acampamentos, entre outras funções.

Além do dia 1° de janeiro, a militância apontou outra data que demandará intensa mobilização dos movimentos populares, o dia 12 de dezembro, quando o presidente Lula será diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na cerimônia, a Justiça Eleitoral atestará que Lula foi efetivamente eleito pelo povo e, portanto, está apto a tomar posse. A diplomação está marcada para às 14h. Na ocasião, a militância do DF realizará ato de apoio ao presidente em frente ao TSE, a partir das 12h.

O ex-ministro do governo Dilma e agora integrante da equipe de transição, Gilberto Carvalho, participou da Plenária e destacou a importância política de realizar grandes concentrações nessas duas datas.

“Não podemos permitir que aqueles que estão contra a democracia sejam maioria neste momento”, afirmou, referindo-se à diplomação do presidente Lula. GilbertoCarvalho ressaltou ainda a necessidade de os movimentos sociais, comitês populares e entidades sindicais convocarem as bases para essa atividade.

Sobre a festa do dia 1° de janeiro, Carvalho destacou que “nunca houve tanta gente interessada em participar de uma posse presidencial”. De acordo com o ex-ministro, embora ainda seja difícil precisar números, a expectativa é que entre 100 e 150 mil pessoas compareçam ao evento. “E a posse quer ter essa marca, o povo subindo a rampa junto com Lula, é esse o significado que queremos dar”, afirmou.

Segurança

Um dos principais temas que tem preocupado a militância é quanto à segurança de Lula e dos participantes na posse. Isso porque inúmeras ameaças têm sido proferidas em grupos bolsonaristas. Em relação a esse ponto, Wagner Caetano ─ que integra o grupo de organização da posse ─ tranquilizou os militantes.

“Tem muita gente preocupada legitimamente com esse ponto, mas gostaria de afirmar que, da mesma forma que conduzimos Lula são e salvo durante a campanha, assim será na posse. A palavra de ordem é que quanto mais pessoas estiverem na atividade, mais teremos esse clima de segurança”, afirmou.

Ele explicou ainda a ideia é que o evento conte com a participação de pessoas de todas regiões do Brasil, o que demandará a colaboração da militância do DF.  “Há um processo de mobilização em andamento, mas é fundamental que todos, a sua maneira, possam ajudar em outra questão da nossa responsabilidade, que é pensar em como receber o conjunto dessas pessoas, que não tem condição de pagar hotel ou alugar casa. Milhares de pessoas virão e precisarão de apoio, claro que a gente gostaria de oferecer as melhores condições, mas não temos recursos suficientes”, disse Wagner Caetano.

Pela limitação de recursos, a equipe de transição, em negociação com o GDF, já garantiu a disponibilização de escolas públicas do Plano Piloto, dos estádios Nilson Nelson e Mané Garrincha, do Pavilhão do Parque da Cidade, além da Universidade de Brasília e da Granja do Torto, para receber militantes de outros estados.

Maria Maria Festival Brasil do futuro

Além da cerimônia oficial de posse, no dia 1º de janeiro, acontecerá o Festival Brasil do Futuro, com a presença de vários artistas progressistas que apoiaram a campanha de Lula. Entre os nomes confirmados, estão Pablo Vittar, Maria Rita, Margareth Menezes, e outros. Para os shows, dois palcos serão montados na Esplanada dos Ministérios. Um receberá o nome de Gal Costa e o outro se chamará Elza Soares.

A previsão é que a festa popular tenha início por volta das 11h, podendo estender até às 2h da madrugada. O espaço montado contará com segurança, unidades de pronto-socorro, praça de alimentação e outros serviços, tudo pensado no bem-estar dos presentes.

“A ideia é que seja uma grande festa, que tenhamos a segurança adequada para um evento dessa magnitude. Em resumo, de forma bem objetiva, a ideia é que a gente faça um evento que fique para a história. Será um momento muito importante, de consolidação da democracia”, afirmou Cassius Antônio, da equipe de transição do governo.

Informar e participar

O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, destacou a importância de criar um espaço seguro para divulgação das informações sobre o evento, tendo em vista que há muitas pessoas interessadas em participar. Neste sentido, o sindicalista informou que a Central estabelecerá como com agente de divulgação das informações da posse.

“Temos que nos apoiar enquanto militância e fazer uma massiva divulgação dessa festa popular. Será nossa tarefa lotar a Esplanada. Será um dia que marcará o fortalecimento da nossa democracia e do início de novos tempos para a classe trabalhadora”, disse Rodrigues.

Doe

Para custear as despesas da festa popular, o PT lançou um portal para receber doações. O site será a principal fonte de financiamento. Acesse aqui (doe.pt.org.br)  e saiba mais.