Parlamentares progressistas dos EUA solicitam encontro com a CUT em Brasília

A experiência da CUT na organização e mobilização da classe trabalhadora e no combate à extrema direita, além da articulação da Central com o parlamento, foram alguns dos temas de uma reunião com um grupo de congressistas do Partido Democrata dos Estados Unidos que aconteceu essa semana. O encontro com a CUT foi solicitado pelos parlamentares para ouvir as necessidades dos trabalhadores e as estratégias de enfrentamento da Central. 

Formada pelos democratas Alexandria Ocasio-Cortez, Nydia Velázquez, Greg Casar e Maxwell Frost, além da chefe de gabinete do senador Bernie Sanders, Misty Rebik, a comissão teve a viagem patrocinada pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR). O objetivo é aprender sobre os principais esforços do Brasil para defender a democracia e recuperar os direitos à saúde, moradia e segurança alimentar. A organização da juventude e a regulação do trabalho por plataformas também foram temas tratados.

Os parlamentares estadunidenses compõem uma importante bancada de resistência no país que infelizmente coleciona violações aos direitos trabalhistas, sociais e sindicais. Vale lembrar que organização da classe trabalhadora, nos Estados Unidos, é alvo de uma campanha feroz há muito tempo, e está se estruturando novamente no pós pandemia, muito pela alta exposição das fragilidades nas relações de trabalho que foram escancaradas no período. 

Dentre os nomes que vieram ao Brasil, por exemplo, está a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, que representa o 14º Distrito de Nova York na Câmara dos Deputados desde 2019, e é uma notória defensora de um sistema de saúde universal, direitos trabalhistas, direitos dos imigrantes e justiça sobre as dívidas e autodeterminação de Porto Rico. Mesmo antes de ser eleita ao Congresso, Ocasio-Cortez atuava em prol dessas causas como militante social e se tornou a mulher mais jovem a ocupar o cargo de deputada nos Estados Unidos.

“É muito importante que tenhamos uma maior aproximação diplomática com todas as lideranças que compartilham a preocupação com os direitos trabalhistas e sindicais. Apenas com muito diálogo e trabalho conjunto, poderemos elaborar estratégias em comum para melhorar as condições de vida da classe trabalhadora ao redor do mundo, que sofre com métodos similares de exploração, por vezes cometidos até pelas mesmas empresas”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.