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Nota da CUT | Todo apoio à greve da educação

O movimento legítimo de trabalhadores não será cerceado por um governo autoritário, que tenta calar a voz de educadores

Publicado: 30 Maio, 2025 - 14h55 | Última modificação: 30 Maio, 2025 - 17h04

Escrito por: CUT-DF

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A CUT-DF manifesta total repúdio à decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, atendendo ao pedido do governo Ibaneis, de punir professores e orientadores da rede pública de ensino com multa de R$ 1 milhão por dia em razão da greve decretada em assembleia no último dia 27. A determinação é também para que o ponto dos educadores que aderirem ao movimento seja cortado. Trata-se de uma medida autoritária, que busca coagir e silenciar a legítima mobilização da categoria.

A greve, com início marcado para o dia 2 de junho, foi o último recurso encontrado pela categoria para ser ouvida pelo GDF. Há tempos, o magistério público tem tentado dialogar com o governo local sobre as demandas urgentes da educação, mas não houve avanços nas negociações. O governo segue omisso e não apresentou propostas concretas às reivindicações dos professores, que visam a melhorias na educação. 

Vale lembrar que a negligência do GDF com o magistério público não é de hoje: faltam professores e equipes adequadas para atender estudantes, merendas de qualidade, escolas com estruturas e diversos problemas que comprometem o ensino. Inclusive, acordos firmados com a categoria no movimento paredista de 2023 seguem sendo descumpridos. 

A decisão judicial, a pedido do GDF ─ causador da greve ─, configura uma prática inconstitucional e antissindical, com o objetivo de intimidar trabalhadores. É mais uma tentativa deste GDF de criminalizar  a mobilização legítima de professores e enfraquecer a luta em defesa de direitos fundamentais, como a valorização profissional, melhores condições de trabalho e uma educação pública de qualidade. Ao invés de diálogo, repressão.

E não é novidade que o GDF atue para criminalizar os profissionais da educação. Seja apoiando projetos que vetam a liberdade de cátedra ou tentando impedir que o magistério exerça o direito constitucional à greve, o governo Ibaneis tem deixado claro que a educação não é prioridade. 

A CUT-DF manifesta total apoio à greve da educação e se coloca à disposição para eventuais necessidades. Entendemos que a educação é o pilar mais importante para a transformação social e que toda mobilização por melhorias é justa. O movimento legítimo de trabalhadores não será cerceado por um governo autoritário, que tenta calar a voz de educadores. 

Todo apoio à greve da educação!