Escrito por: Marina Maria
Privatização da CEB, que aconteceu no ano passado, causou instabilidade para os trabalhadores e precarização dos serviços para a sociedade
Em protesto contra a demissão em massa anunciada pela Neonergia esta semana, o STIU-DF realizou, nesta quarta-feira (13), uma manifestação em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Além da reintegração das trabalhadoras e trabalhadores dispensados, a categoria também reivindica um projeto de Lei que garanta o aproveitamento dos servidores concursados da CEB, que foi privatizada em março de 2021.
“Este é um processo que se encontra parado e precisa responder aos anseios da categoria, que se encontra em uma situação de insegurança, até porque depois de uma demissão em massa como essa, os trabalhadores que já estavam angustiados e preocupados vão ficar ainda mais com essa situação. Queremos que os deputados e deputadas desta Casa pressionem o governo para que essa reivindicação saia do papel”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas do STIU-DF, João Carlos Dias Ferreira.
Após a mobilização, os trabalhadores conseguiram que fosse protocolado na CLDF um requerimento para que a Sessão Plenária da próxima quarta-feira (20), seja transformada em uma Comissão Geral para debater a situação dos empregados públicos da extinta CEB.
“É inadmissível a atitude da empresa Neonergia com os seus trabalhadores, que foram demitidos sumariamente, sem nenhuma discussão, sem nenhuma negociação com o Sindicato que representa a categoria. Por isso, a mobilização do STIU é importante, para resguardar o emprego dos trabalhadores. Esse é um dos resultados da privatização da empresa pública, que era a CEB”, afirmou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
O dirigente ainda afirmou que essa ação é resultado da privatização da empresa. “Nós alertamos isso durante o processo de privatização, e também alertamos que o prejuízo para a população poderia ser os apagões e o aumento do preço da conta de luz. Já estamos sentindo nos nossos bolsos, no dia a dia, com a prestação de serviços, e agora os trabalhadores da empresa privada estão sentindo isso com os seus empregos. Seguiremos em luta para que eles sejam reconduzidos para seus locais de trabalho”, afirmou Rodrigues.