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Negociações com governo não avançam e servidores federais não descartam greve

Uma mudança no cenário, segundo o MGI, dependeria do aumento na arrecadação, o que já aconteceu em janeiro com o governo registrando quase R$ 80 bilhões em superávit, um avanço de mais de 7% em termos reais

Publicado: 29 Fevereiro, 2024 - 13h22

Escrito por: Condsef

Imprensa Condsef
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Retomada nessa quarta-feira, 28, a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) terminou mais uma vez sem o avanço que servidoras e servidores públicos federais esperavam. O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, deixou a reunião reafirmando a necessidade de reforço da mobilização.

Atos e mobilizações aconteceram em diversos estados. Mas mesmo com aumento da pressão, o MGI informou que o governo não acatou a contraproposta unificada apresentada pela bancada sindical e que apenas em três meses uma nova reunião da mesa deve acontecer. A Condsef/Fenadsef deve agendar nos próximos dias uma reunião com suas filiadas para debater um calendário de ação. Uma greve do funcionalismo não está descartada.

Por direitos e dignidade. Nenhum servidor fica para trás

Na contraproposta unificada, além da equiparação dos benefícios com os demais Poderes, os servidores do Executivo buscam a reposição de perdas salariais das categorias, sendo os percentuais construídos a partir de dois blocos distintos. 

O primeiro bloco são das categorias que tiveram reajuste bianual (2016 e 2017) e o segundo das categorias que tiveram reajuste em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Os 9% do reajuste emergencial concedidos em 2023 pelo governo Lula também estão no cálculo. A equiparação dos benefícios do Executivo com os dos outros poderes e revogação de todas as medidas e regramentos infraconstitucionais do desgoverno Bolsonaro também seguem sendo cobrados na MNNP.

Entre 2024 e 2026 os servidores do Bloco I teriam reajuste de 10,34% (total 34,32%), enquanto os servidores do Bloco II teriam 7,06% (Total 22,71%). 

Arrecadação e reajuste

Uma mudança no cenário, ainda segundo o MGI, dependeria do aumento na arrecadação, o que já aconteceu em janeiro com o governo registrando quase R$ 80 bilhões em superávit, um avanço de mais de 7% em termos reais.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) participou do ato apoiando os servidores e reforçou que há verba para investimento no setor público e que reajuste zero para o funcionalismo público não cabe em um governo que quer combater a fome e enfrentar as desigualdades sociais.