Mulheres trabalhadoras na Marcha das Vadias
Neste sábado, dia 22, será realizada a terceira edição da Marcha das Vadias, um movimento iniciado em 2011, no Canadá e espalhado por todo o mundo, em defesa de uma sociedade livre de violências contra as mulheres. Neste ano, a Marcha acontece em meio à onda de manifestações que acontecem no Brasil. Neste ano, as […]
Publicado: 21 Junho, 2013 - 22h18
Escrito por: Cutbsb@123
vadias-41
Neste sábado, dia 22, será realizada a terceira edição da Marcha das Vadias, um movimento iniciado em 2011, no Canadá e espalhado por todo o mundo, em defesa de uma sociedade livre de violências contra as mulheres. Neste ano, a Marcha acontece em meio à onda de manifestações que acontecem no Brasil. Neste ano, as bandeiras de luta são contra o Estatuto do Nascituro e à Bolsa Estupro, em defesa da legalização do aborto. A concentração da Marcha em Brasília será em frente ao Conjunto Nacional, às 14h. A expectativa é de reunir mais de cinco mil pessoas nas ruas.
Segundo a ONU, calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres se tornará uma vítima de estupro ou tentativa de estupro no decorrer da vida. A cada dia, em média, 2.175 mulheres telefonam para o 180 denunciando que são vítimas de violência. Em 89 % dos casos, o agressor é o companheiro ou ex-companheiro da mulher. Cerca de 50% das vítimas dizem estar correndo risco de morte. O Distrito Federal é a 8ª localidade mais violenta do país, para as mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2012. Em 2011, houve cerca de 684 inquéritos policiais em crimes de estupro só no DF – uma média de duas mulheres violentadas por dia.
A Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT Brasília se soma ao movimento e convoca todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores do DF a participarem da manifestação. “Não podemos nos calar numa sociedade onde a mulher não pode responder nem pelo seu próprio corpo. Chega de sermos chamadas de vadias pelo simples fato de sermos mulheres. Se usamos roupas curtas, se não nos submetemos à castidade até o casamento, se optamos por interromper uma gestação, isso não dá o direito de sermos agredidas. Nós, trabalhadoras, também sofremos assédio moral, sexual, somos tratadas como mercadoria. Recebemos menos, mas fazemos o mesmo trabalho, com nível intelectual superior. Isso não cabe em um país democrático e progressista”, avalia a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Maria da Graça de Sousa.
Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT Brasília