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Mobilização feminista cobra do GDF enfrentamento ao feminicídio

DF registrou alta nos assassinatos por motivação de gênero em 2023. Além de alarmante, o número evidencia vulnerabilidade maior entre as mulheres periféricas

Publicado: 25 Janeiro, 2023 - 17h27 | Última modificação: 26 Janeiro, 2023 - 09h32

Escrito por: Marina Maria

Leandro Gomes
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Na tarde dessa quarta-feira (25), o Levante Feminista contra o Feminicídio realizou um ato de protesto na Praça do Buriti, para cobrar do Governo do Distrito Federal ações de combate à violência contra as Mulheres. A motivação da atividade foram os números de feminicídio registrados no DF nos primeiros dias deste ano, que já são equivalentes aos meses de janeiro a março de 2022 e aconteceram majoritariamente na periferia da capital.

Para Thaísa Magalhães, secretária de Mulheres da CUT-DF, houve omissão da parte da pasta do GDF que é responsável pelo enfrentamento às violências de gênero. “A secretaria de Mulheres do governo o tempo todo afirmou que não existiam problemas, que os índices estavam reduzindo, ainda que estivesse aumentando”, salientou a sindicalista.

Thaísa afirmou ainda que essas políticas, em sua maioria, são idealizadas e tocadas pela segurança pública, que é insuficiente e não existe transversalidade com as outras políticas de governo. “O investimento da secretaria foi em oficinas de empreendedorismo, ora virtuais, ora presenciais, mas sem um compromisso efetivo com a conscientização, a prevenção e o combate a todas essas violências que muitas vezes chegam ao feminicídio. Essas atividades não têm nenhum impacto na vida das mulheres, sobretudo àquelas da periferia”, explicou a secretária de Mulheres da CUT-DF.

Vale lembrar que desde 2020 foi aprovada a construção de quatro Casas da Mulher Brasileira no DF, que deveriam ter sido entregues no ano passado, mas até o presente momento, nenhuma delas foi inaugurada.

A única Casa que existe no DF, reaberta ano passado na Ceilândia, não oferece a rede integrada de assistência à mulher e aos filhos, o que é o propósito da instituição.

Além disso, em outubro do ano passado, a Portaria nº 1.036 revogou a institucionalização do Programa Mulheres Inspiradoras como parte integrante de políticas públicas educacionais de enfrentamento ao Machismo e ao Racismo Estrutural no DF.

Nenhuma a menos

A secretária de Mulheres do Sindiserviços, Maria Helena, esteve na atividade, representando de forma simbólica a companheira Cilma da Cruz Galvão, dirigente sindical que foi vítima de feminicídio em 2021.

Além das faixas, cartazes e palavras de ordem, as militantes espalharam pares de sapatos manchados de tinta vermelha pela Praça do Buriti, simbolizando as mulheres que perderam o direito à vida por causa de crimes de gênero no DF.

 

 

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