Escrito por: Sinpro-DF
Em encontro com banqueiros, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que tentará aprovar a reforma administrativa até o final deste ano. Por isso, a necessidade de intensificar a pressão na rua e nas redes
A luta contra a destruição dos serviços públicos e contra o calote nas dívidas públicas se intensifica nesta semana e, nas próximas, ganha contornos ainda mais urgentes. Em forte aceno ao mercado financeiro e a empresários, durante evento promovido pelo banco Itaú, na quinta-feira (11/11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse aos banqueiros que o governo Bolsonaro vai tentar aprovar a reforma administrativa (PEC 32/2020) até o fim de 2021. Afirmou também que o objetivo é aprovar também a PEC dos Precatórios (PEC 23/2021) no Senado.
Importante ressaltar que, nessa reunião, Guedes, que ocupa um cargo de ministro e dentre as competências desse cargo está o de defender o Brasil e o Estado nacional dos assédios da iniciativa privada e dos banqueiros, pediu apoio dos empresários na aprovação das propostas — assim como fez seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, no dia anterior, no Palácio do Planalto, ao anunciar a prorrogação por mais 2 anos da desoneração da Folha de Pagamento de alguns setores.
No banco Itaú, o ministro condicionou a desoneração da Folha ao apoio pela PEC 32: “Vamos simplificar algumas coisas. Estamos do lado de quem quer desonerar, mas pedimos apoio em contrapartida. Queremos criar empregos. Vamos, daqui até o fim do ano, tentar aprovar a reforma administrativa. Vamos seguir trabalhando”, afirmou Paulo Guedes.
Além disso, o governo Bolsonaro-Guedes enfrenta um novo cenário com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o ilegal e inconstitucional “orçamento secreto”, que vinha sendo usado como moeda de troca junto à base aliada para garantir votos no Congresso Nacional a projetos antiBrasil, como a PEC do Calote (23) e a PEC da Rachadinha (32). Mesmo com toda a consciência do malefício que a PEC 32 irá fazer para o Brasil, há, vergonhosamente, 230 deputados federais favoráveis e, 51, indecisos.
Vale destacar que a conversa de “criar empregos” do governo Bolsonaro e de Paulo Guedes não passa de mentiras. Fizeram a reforma trabalhista mentindo, dizendo que iriam criar empregos e aumentar a renda do trabalhador. Mentiram: temos mais de 15 milhões de pessoas completamente desempregadas, mais de 20 milhões passando fomente, a maioria que está trabalhando não tem carteira assinada, não tem direitos trabalhistas e não ganham nem sequer o salário mínimo. Muitos ainda têm a hora do almoço e a do sono retiradas do valor pago.
A PEC 32/2020 é o outro lado da moeda da PEC 23/2021. Portanto, é preciso intensificar a luta contra as duas propostas. No caso da PEC 32, é pressionar os deputados federais. Pressão nos 230 favoráveis e nos 51 indecisos. É uma vergonha ser indeciso ou favorável a uma proposta que irá destruir os serviços públicos. Vamos cobrar com pressão!
Confira a agenda desta semana
TERÇA-FEIRA 16/11
7h: recepção dos deputados no aeroporto
14h: vigília permanente no Anexo II da Câmara dos Deputados
QUARTA-FEIRA 17/11
14h: vigília permanente no Anexo II da Câmara dos Deputados
QUINTA-FEIRA 18/11
14h: vigília permanente no Anexo II da Câmara dos Deputados
Pressione as deputadas e dos deputados da bancada do DF:
Bia Kicis https://bit.ly/2XlKcPM
Júlio Cesar https://bit.ly/2Xo7LaR
Paula Belmonte https://bit.ly/3DRJXvz
Laerte Bessa https://bit.ly/3jfE8Ai