Marcha da classe trabalhadora reúne sonhos e lutas de todas as regiões do Brasil

De Santa Catarina a Belém do Pará, as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros sofrem com problemas em comum como sobrecarga, desvalorização e endividamento. Muitos desses impasses estão sendo enfrentados pelo governo federal e são necessárias também ações do Congresso Nacional e do Judiciário para atender às necessidades e anseios de quem constrói o país. Por isso, milhares de trabalhadores enfrentaram horas de viagem para estar em Brasília nesta terça-feira (29) e entregar ao presidente Lula e aos demais poderes a Pauta da Classe Trabalhadora.

O documento pode ser lido integralmente AQUI e é dividido em três partes. A primeira aborda temas relacionados a sindicatos, legislação e direitos trabalhistas, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário e a aprovação da Convenção 151 da OIT. Em seguida, vem a reivindicação por direitos básicos, como o fortalecimento dos serviços públicos e da moradia popular. A última parte da pauta aborda políticas de desenvolvimento e promoção da justiça social, por exemplo, a correção da tabela do imposto de renda. 

Para Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, uma das grandes vitórias da Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília é justamente o processo de mobilização em torno deste evento. “Temos caravanas de todas as partes do nosso país, com diferentes realidades e dificuldades, mas muitas pautas em comum. Isso acontece porque a classe trabalhadora é uma só e como tal, sofre as mesmas opressões. Por isso, essa unidade que está sendo construída é fundamental para que possamos avançar em direitos e conquistas”, afirmou. 

Sérgio Nobre, presidente Nacional da CUT, saudou a unidade do movimento sindical, que marcou a atividade. A Marcha da Classe Trabalhadora reuniu as oito centrais sindicais e centenas de sindicatos, federações, confederações e movimentos sociais. Para Sérgio, essa união foi primordial para eleger Lula em 2022 e será fundamental na conquista de mais direitos para a classe trabalhadora. “No Brasil, nenhum direito caiu do céu ou foi beneficente de alguém, tudo o que conquistamos foi por mobilização e luta”, afirmou. 

Parlamentares como Maria do Rosário, Vicentinho, Humberto Costa, Jandira Feghali, Carlos Veras e Erika Kokay também participaram do evento. Em comum, destacaram a correlação de forças do Congresso Nacional, desfavorável para a classe trabalhadora, além da importância da mobilização justamente para equilibrar melhor essa balança. Alguns ministros do governo Lula também estiveram no evento e saudaram os participantes. 

O grande ato começou às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional. Aproximadamente às 11h, os trabalhadores iniciaram a Marcha em direção ao Congresso Nacional. Às 15h, presidentes das Centrais Sindicais foram recebidos pelo presidente Lula.

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