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Luta do magistério público do DF é de toda a classe trabalhadora

A solidariedade e a defesa da educação pública tornaram-se pauta de todas as categorias

Publicado: 04 Junho, 2025 - 17h02 | Última modificação: 04 Junho, 2025 - 17h11

Escrito por: CUT-DF com informações de Sinpro-DF

Deva Garcia
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Lideranças das mais diversas categorias, parlamentares, movimentos populares e sociais e outros membros da sociedade civil expressaram apoio à greve dos professores e orientadores educacionais do DF durante ato realizado na noite de terça-feira (3). No auditório do Sinpro-DF, a solidariedade reuniu centenas de pessoas, posicionamentos e histórias de luta em torno do direito à greve e da valorização da educação pública. 

A atividade marcou o segundo dia do movimento paredista que está sendo injustamente criminalizado. A partir de motivação do governo Ibaneis-Celina, com o aval da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a desembargadora do Tribunal de Justiça do DF e Territórios Lucimeire Maria da Silva decidiu aplicar multa de R$ 1 milhão por dia de greve, além do corte de ponto de quem aderir ao movimento paredista.

Em sua decisão, feita às pressas, a desembargadora afirma que a deflagração da greve é abusiva. Segundo ela, o movimento que luta por uma educação de qualidade pode causar danos e prejuízos imediatos a toda rede pública de ensino.

“Apenas no ano passado, essa desembargadora, escandalosamente, recebeu R$ 1,3 milhão de salário, o equivalente a 16 anos de vencimento básico de um professor. Isso sim é abusivo”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Para ele, a luta da do magistério é mais do que justa e vai além das pautas inseridas na campanha salarial da categoria. “Queremos justiça social, valorização da escola pública, e educação de qualidade para a classe trabalhadora.”  

O presidente da CUT Brasil, Sérgio Nobre, participou do ato de solidariedade dessa terça (3) e afirmou que a tentativa de cerceamento do direito de greve sob a alegação de “serviço essencial” é um movimento realizado em vários estados do país governados por ultraliberais. Para ele, é urgente que a classe trabalhadora se atente a essa realidade e se organize.

“Se é essencial (o serviço), tem que ter negociação. Se achar que com repressão e ameaça econômica vai impedir a luta, não vai, porque a gente sabe que a luta é justa”, alertou Nobre.

 

Desdobramentos 

O ato de solidariedade à greve dos professores e orientadores educacionais se desdobrou em outras ações conjuntas. A realização de manifestação com trabalhadores de todas as categorias será encaminhada ao Comando de Greve da Educação para que seja organizado ato/aula histórico.

Assista ao vídeo da CUT-DF sobre a atividade.