Justiça condena EBC por perseguição e assédio contra diretor do SJPDF e da Fenaj
Foi comprovado que a EBC manipulou a comissão de sindicância com a intenção de apenas perseguir e assediar o jornalista, não garantindo imparcialidade necessária
Publicado: 05 Novembro, 2021 - 11h17
Escrito por: Sindicato dos Jornalistas do DF
A Justiça do Trabalho condenou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por assédio e perseguição ao jornalista Gésio Passos, ex-coordenador-geral e atual diretor do Sindicato dos Jornalistas do DF e também vice-presidente Centro-Oeste da Federação Nacional dos Jornalistas.
Em 2017, a empresa pública abriu uma sindicância contra o jornalista, durante uma greve da categoria, após ele atuar, dentro das suas prerrogativas sindicais, contra uma situação de assédio moral que ocorreu dentro da redação.
Foi comprovado que a EBC manipulou a comissão de sindicância com a intenção de apenas perseguir e assediar o jornalista, não garantindo imparcialidade necessária. O juiz Rossifran Souza considerou que o "Processo de Sindicância em questão já nasceu totalmente viciado e tendencioso a punir unicamente o primeiro autor deste processo (Gésio)".
A sentença determinou a nulidade do processo administrativo contra o dirigente sindical, determinando a retirada dos registros funcionais toda e qualquer advertência relacionada a este processo.
Também ficou comprovado o assédio moral ao dirigente sindical, já que "a empresa insidiosamente iniciou e finalizou processo de sindicância sem qualquer fim de apuração integral dos fatos e das responsabilidades de todos os envolvidos, mas tendo como objetivo certo, desde a criação, de punição tão somente do primeiro autor (Gésio), situação esta que se traduz em espécie de perseguição no trabalho".
Gésio Passos e outros diretores sindicais que atuam na EBC continuam sendo perseguidos. Em 2020, Gésio foi transferido de forma intransigente e sem qualquer motivo de sua função de repórter da Rádio Nacional, após uma série de retaliações por parte da direção do veículo.
O Sindicato reforça que sua assessoria jurídica está a disposição para atender os jornalistas sindicalizados vítimas de assédio moral. O agendamento para atendimento deve ser feito pelo WhatsApp/tel: 61 98211-0679.