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iFood recebe reivindicações de entregadores, mas aumento da tarifa ainda é incerto

A empresa firmou compromisso de atender algumas reivindicações da categoria, mas o aumento da tarifa ─ o principal ponto pleiteado pelo grupo ─ ainda é incerto, e é tratado apenas como uma possibilidade

Publicado: 17 Dezembro, 2021 - 11h54 | Última modificação: 17 Dezembro, 2021 - 12h09

Escrito por: CUT-DF

ROBERTO PARIZOTTI
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Nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, a empresa de entrega de alimentos e encomendas iFood realizou o I Fórum de Entregadores do Brasil, que contou com a participação de 23 representantes da categoria, selecionados pela operadora por aplicativo.

Na ocasião, o iFood firmou, por meio de um documento, o compromisso de atender algumas das reivindicações trabalhistas do setor. Entretanto, o aumento da tarifa ─ o principal ponto pleiteado pelo grupo, ainda é incerto, e é tratado apenas como uma "possibilidade de revisão". Leia a carta compromisso assinada pela empresa. 

Alessandro Conceição ─ mais conhecido como Sorriso ─, um dos entregadores que participou do Fórum, destacou que o encontro foi importante porque essa foi a primeira vez que a empresa abriu diálogo com a categoria, que hoje conta com cerca de 160 mil trabalhadoras e trabalhadores ativos em todo Brasil.  

“O que a gente quer de fato é que tenha aumento da taxa mínima e um reajuste anual de acordo com a inflação. Porque todo ano a inflação vem aumentando, a gente tem um gasto muito grande com gasolina, custo de manutenção com bicicleta, moto, e as taxas ficam estagnadas”, afirmou Sorriso. 

Apesar dos avanços conquistados graças à união e às lutas da categoria, o principal ponto de reivindicação, que é o aumento da tarifa mínima, ainda não foi atendido. A empresa deixou o assunto para ser discutido em fóruns regionais, que podem acontecer ao longo do próximo ano. Com isso, as trabalhadoras e trabalhadores registrados na plataforma, continuam em alerta, uma vez que, na carta divulgada à categoria, o Ifood menciona que existe apenas uma possibilidade de revisão da tarifa. 

Além disso, o trabalhador afirmou que é necessário que haja mais transparência em relação aos bloqueios.“A gente quer uma justificativa, se o entregador foi banido do aplicativo, que eles expliquem o motivo”, explicou. 

Sobre esse ponto de pauta, o Ifood afirmou, na carta que foi divulgada após o encontro, que a partir de janeiro de 2022, a plataforma vai comunicar sobre os alertas e suspensões temporárias, realizar campanhas informativas sobre os motivos de bloqueio, aumentar a transparência sobre a desativação das contas e abrir a possibilidade dos entregadores contestarem novamente as desativações. 

Para Sorriso, os próximos passos da luta são aguardar até o início do prazo que a empresa se prontificou a atender a categoria. “Se o Ifood não cumprir o acordo, vamos continuar fazendo mobilização e uma paralisação nacional com mais força ainda,  pois o mínimo que a empresa tem que fazer é atender as nossas reivindicações”, afirmou.