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Homenagem à República Árabe Saharaui Democrática (RASD) reafirma necessidade de solidariedade entre povos

O mês de maio reúne três datas de extrema importância para povo saharaui. No dia 10, comemoram-se 44 da fundação da Frente Polisário, movimento revolucionário que defende a autonomia do território Saara Ocidental. O dia 20 marca o início da luta desse povo por libertação. Já o dia 30 é marcado pelo primeiro ano da […]

Publicado: 29 Maio, 2017 - 18h13

O mês de maio reúne três datas de extrema importância para povo saharaui. No dia 10, comemoram-se 44 da fundação da Frente Polisário, movimento revolucionário que defende a autonomia do território Saara Ocidental. O dia 20 marca o início da luta desse povo por libertação. Já o dia 30 é marcado pelo primeiro ano da morte do presidente da Repíblica Árabe Saharaui, Mohamed Abdelaziz.

Por todos esses significados e pela grande resistência da população, a Frente Polisário em parceria com a CUT Brasília realiza uma Homenagem à República Arabe Saharaui Democrática (RASD) no próximo dia 30 de maio, na qual será exibido o documentário “Entre Fronteiras – Saara Ocupado”, além de palestras sobre a real situação daquela nação e sobre a necessidade solidariedade de povos.

A história dos saharaius é marcada por intensa luta por independência e pelo fim da violência e opressão de seus colonizadores. Desde muito cedo, a população se vê culturalmente e economicamente presa à escravidão imperialista-capitalista. O território Saara Ocidental é o único território africano que não é independente. Com pouco mais de mais de 265 mil Km², abriga cerca de 500 mil habitantes − dos quais, metade é composta por colonos marroquinos e a outra metade é saharauí. A região é extremamente rica em recursos naturais, o que despertou a ambição de outros países.

Em 1882, a Espanha se apossou do território e, com a mão-de-obra dos saharaius, arrecadou milhões. No entanto, toda a riqueza retirada dali era levada para outros países. Iniciava-se a colonização de exploração, deixando o povo vulnerável e abrindo as portas para que outras potências se instalassem na nação.

A população, por sua vez, não se rendeu tão facilmente. Em 1973, um grupo de estudantes se organizou e criou a Frente Polisário. Devido à pressão da população e da comunidade internacional, a Espanha se retirou logo em seguida, mas assinou um acordo em que permitia ao Marrocos a ocupação do território em troca de favores comerciais. Em 1976, a Frente deu um passo importante para a autodeterminação e proclamou a independência da República Árabe Saarauí Democrática, reconhecida atualmente, por cerca de 90 países.

Porém, em 1975, atraído pelas ricas jazidas de fosfato, pelos abundosos bancos de pesca dos mares territoriais e pela brecha possibilitada pela Espanha, Marrocos se instaurou na região. Cerca de 300 mil marroquinos ocuparam 2/3 do Saara Ocidental. A invasão trouxe consigo muita repreensão e violência aos moradores locais. Tinha início outro árduo período que se arrasta até os dias atuais.

Atualmente, povo saharaui vive em condições desumanas e ainda resiste graças a auxílio internacional. Há mais de 40 anos está dividido, o que enfraquece a mobilização. Uma parte, que vive nos territórios ocupados, é constantemente maltratada pelos marroquinos. Outro grupo vive nas zonas liberadas, sob comando da Frente Polisário, também, sem condições dignas. Há ainda uma parte que vive nos campos de refugiados, dependendo de ajuda para sobreviver.

“É de extrema importância a realização dessa atividade para celebrar os 44 anos da luta do povo saharaui contra o colonialismo. É imprescindível lembrarmos, também da figura de Mohamed Abdulaziz, líder dessa luta. O saharaiu é um povo organizado que, acima de tudo, exige seu direito à autodeterminação, conforme a legalidade internacional. Um povo que há muitos anos tem se mostrado firme pela conquista da desocupação de suas terras e por sua independência”, destaca. Mohamed Zrug, representante da Frente Polisário no Brasil.

A solenidade será realizada no auditório da CUT Brasília, a partir das 19h.

Fonte: CUT Brasília

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