Os interessados em participar dos próximos encontros devem se inscrever pelo WhatsApp (61) 9944-3007 − Clarice.
Nessa terça-feira (2), o grupo de estudos coordenado pela Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-DF realizou o primeiro encontro virtual para debater o livro "Quarto de Despejo", de Carolina Maria de Jesus. Mais dois encontros serão realizados ao longo deste mês para conclusão das discussões.
A secretária da Pasta, Samantha Sousa, destacou que esse primeiro momento foi bastante especial, tanto pelo debate em si quanto pelos últimos acontecimentos em torno de Carolina, uma das escritoras mais lidas do país. Na última quinta-feira (25), Carolina Maria de Jesus ganhou o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Foi um momento único de muita aprendizagem, pois a escritora, compositora, poetisa e ex-catadora de papel da favela do Canindé é, agora, em homenagem póstuma, Doutora Honoris Causa da UFRJ. Que seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” seja leitura obrigatória na reconstrução deste país tão desigual! Reparação e justiça! Viva Doutora Carolina Maria de Jesus!”, disse.
Samantha reforçou também que aqueles que tiver interesse em participar dos próximos encontros ainda dá tempo. As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (61) 9944-3007 − Clarice. “Não deixem de participar! Temos realizados ricos debates e a sua participação é muito importante”, afirmou.
A autora
Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento, Minas Gerais. Negra, favelada e filha de pais analfabetos, Carolina começou a estudar só aos sete anos, mas em pouco tempo aprendeu a ler e a escrever.
Uma das primeiras escritoras negras do Brasil e uma das mais importantes do país, a autora viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, sustentando a si mesma e seus três filhos como catadora de papéis.
Quarto de Despejo: Diário de uma favelada é resultado de 20 cadernos de anotações com testemunhos sobre o cotidiano da favela. Publicada em 1960, a obra vendeu mais de 100 mil exemplares em 40 países e foi traduzida para 13 idiomas.
Carolina morreu no dia 13 de fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória.