MENU

Servidoras e servidores da Funai reivindicam respeito e autonomia

Desmantelada pelo governo Bolsonaro, a Fundação sofre com interferência e assédio institucional

Publicado: 06 Dezembro, 2021 - 17h32 | Última modificação: 07 Dezembro, 2021 - 09h35

Escrito por: Marina Maria

Marina Maria
notice

Em defesa dos princípios que nortearam a criação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e contra os ataques aos servidores e servidoras da autarquia, que completou 54 anos neste domingo (05), representantes da categoria protocolaram uma carta de reivindicações ao presidente da Fundação, que foi entregue presencialmente em Brasília e outras regionais da entidade. 

O documento foi assinado pela Confederação e pela Federação que representa os trabalhadores do serviço público federal e elaborado durante o seminário jurídico da Condsef, que aconteceu no fim de novembro.  

Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, destacou a importância de defender o fortalecimento e a autonomia da FUNAI, para que a fundação possa desempenhar o seu papel independente do governo. “Sabemos que o mandatário que está no Palácio do Planalto quer passar a boiada nos direitos dos povos originários, dos trabalhadores rurais, dos homens e mulheres trabalhadores”, destacou. 

Para Rodrigo, é preciso potencializar a luta contra a PEC 32, pois caso a Reforma Administrativa seja aprovada, será ainda mais fácil coagir as servidoras públicas e os servidores públicos a acatar os desmandos do governo. O dirigente também citou o desmonte da Fundação Palmares e a perseguição às lideranças indígenas, ambos ataques orquestrados pelo governo federal. 

O secretário de Comunicação e Imprensa do Sindsep/DF, Gediel Ribeiro realizou a leitura da carta de reivindicações em frente à sede da Funai e afirmou que a categoria exige que a Fundação cumpra os atributos para os quais foi fundada, que é promover a defesa dos interesses dos povos indígenas do país. Além disso, o dirigente destacou a perseguição que os servidores estão sofrendo na execução de suas atividades, com assédio institucional através de Processos Administrativos. O documento protocolado na tarde desta segunda-feira (06) solicita ainda uma agenda de reuniões com o presidente da Fundação.