Escrito por: Brasil de Fato DF

Fenae promove pesquisa para mapear casos de assédio na Caixa Econômica Federal

As respostas serão usadas apenas para orientar ações de melhoria das relações e condições de trabalho

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Funcionários da Caixa Econômica Federal serão ouvidos em uma pesquisa sobre assédio moral e sexual. O levantamento começou no dia 13 de outubro e é realizado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), em parceria com as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), no instituto de conscientizar trabalhadores e a sociedade sobre assédio no ambiente de trabalho. 

A pesquisa faz parte da Campanha Nacional Contra o Assédio da Fenae, "Vamos falar sobre Assédio?", com o objetivo de promover a conscientização dos empregados da Caixa sobre o assédio moral e sexual. De acordo com a Federação, o combate ao assédio moral e sexual tem sido uma das principais bandeiras da entidade e se fortaleceu nos últimos anos, após um dos piores casos da história da Caixa.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, explicou que o objetivo é atualizar a última pesquisa de saúde, realizada em 2021, que já apontava que o assédio agrava os problemas de saúde dos trabalhadores, sobretudo as doenças mentais.

“Vimos um dos piores capítulo da história da Caixa acontecer em 2022, quando trabalhadoras corajosas denunciaram Pedro Guimarães, então presidente da Caixa, por assédio sexual. Agora precisamos saber como está esse cenário", analisou Sergio Takemoto.

Pesquisa 

Trabalhadores da Caixa irão receber um e-mail explicando os objetivos da pesquisa, onde são convidados a acessar o link para responder um questionário.

As respostas serão usadas apenas para orientar ações de melhoria das relações e condições de trabalho na Caixa e gerenciadas com absoluta confidencialidade, mantendo os dados não identificáveis em qualquer relatório.

De acordo com o presidente da Fenae, há tempos existem denúncias de trabalhadores são submetidos a cobrança de metas e jornadas de trabalho exaustivas. “Não há dúvidas que esses atos são uma ferramenta para a prática do assédio”, declarou Takemoto.