Escrito por: Sinpaf, com edições da CUT-DF
A mobilização nacional cobrou reabertura da mesa de negociação e destacou o papel da Embrapa para a agricultura e o combate à fome no país
Nessa quarta-feira (16), todas as unidades da Embrapa no Brasil realizaram paralisação, com expressiva participação dos trabalhadores e das trabalhadoras. A mobilização nacional foi marcada por ações simbólicas, como a distribuição de frutas e alimentos, destacando a importância da Embrapa para a agricultura e o combate à fome no país.
A principal reivindicação da categoria é que a empresa volte à mesa de negociações, após ter oferecido uma proposta insuficiente de reajuste ─ que foi prontamente recusada pela Comissão Nacional de Negociação do Sinpaf, sindicato que representa a categoria.
Segundo a entidade, a Embrapa tem apresentado resistência para tratar questões salariais e sociais cruciais para a categoria. Além disso, apresentou uma proposta de reajuste de apenas 2,58%, representando 80% da inflação do período, que foi vista pelos trabalhadores como insuficiente.
A intransigência da Embrapa, de acordo com o Sinpaf, também se mostrou na recusa para discutir pautas sociais relevantes, como a proteção a gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres, além do adicional de escolaridade para técnicos e assistentes e o combate ao assédio dentro das unidades.
Ampla mobilização
A mobilização contou com grande adesão em diversas regiões do Brasil. Em Brasília, os trabalhadores protestaram com faixas, no Ministério da Agricultura. No Pará, houve distribuição de 1 tonelada de bananas. Em Pelotas, os trabalhadores distribuíram morangos como forma de protesto.
Ações semelhantes ocorreram em Aracaju, Campinas, Jaguariúna, Cruz das Almas e no Pantanal, reforçando o papel crucial dos trabalhadores da Embrapa na pesquisa agropecuária, na produção de alimentos e no combate à fome no Brasil.
Segundo o presidente do Sinpaf, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, a adesão massiva à paralisação demonstra que os trabalhadores e as trabalhadoras da Embrapa não aceitarão imposições e retaliações.
“A paralisação é fruto da intransigência da empresa. Tínhamos a expectativa de que a gestão Silvia Massruhá agiria de forma diferente, mas estamos aqui porque fomos forçados a isso. É um absurdo ter que parar para a empresa negociar, ainda mais com uma diretoria que deveria estar alinhada com o governo do presidente Lula, mas que não age de forma condizente com os princípios desse governo”, criticou Marcus Vinicius.