Movimento paredista acontece nesta quarta (24) contra políticas de Milei
Em apoio à greve geral das trabalhadoras e dos trabalhadores argentinos contra o projeto ultraliberal do presidente Javier Milei, na manhã desta quarta-feira (24), a CUT e outros movimentos sociais realizaram ato em frente à Embaixada da Argentina, em Brasília. Ações diversas ocorreram em outros países.
Nem mesmo a chuva que atingiu a capital federal durante parte da atividade desanimou os presentes, que se solidarizam com o povo que está passando por um processo parecido com o que sofreu a população brasileira entre 2018 e 2022, durante o governo Bolsonaro.
Para o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, as manifestações contra o governo de Javier Milei e em apoio aos trabalhadores argentinos em outras partes do mundo são de suma importância, pois a luta da classe trabalhadora é internacional, assim como o capitalismo, que tem por objetivo subjugar os povos. “Nós temos solidariedade e estaremos juntos contra todo tipo de autoritarismo”, explicou Rodrigo, que também elogiou a greve do país vizinho.
Greve Geral
Além do movimento paredista, que está previsto para durar 12 horas, está prevista grande manifestação no centro de Buenos Aires contra a política econômica adotada por Milei e o Projeto do Executivo chamado "Lei Ómnibus", que pode ser apreciado pelo Congresso do país a qualquer momento.
Caso seja aprovado, o PL “Ómnibus”, com mais de 300 medidas neoliberais, pode conceder uma série de poderes exorbitantes ao atual presidente, como a repressão aos movimentos sociais e às mobilizações e protestos, estipulando penas de prisão que chegam a seis anos no caso de descumprimento.
“Nós vivemos, no governo Bolsonaro, durante quatro anos, o ataque aos direitos, à democracia, às instituições e, principalmente, aos movimentos popular e sindical. Nós passamos por isso e, em decorrência desse tipo de medida, o povo argentino hoje está protestando. Aqui no Brasil, nós lutamos, vencemos e temos certeza de que a luta do povo argentino, com essa enorme greve geral vai conduzir o povo à vitória e vai recuperar a democracia na Argentina”, afirmou o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.
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