Dirigentes sindicais e partidários se reuniram na CUT-DF para entender o impacto do resultado do processo eleitoral nas pautas da classe trabalhadora
O processo que elegeu prefeitos e vereadores ao redor do país no último domingo foi tema da Plenária Sindical que lotou o auditório da CUT-DF nessa sexta (11). Apresentada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP, a avaliação das Eleições de 2024 abordou temas como o apoio do PT e do presidente Lula a candidatos de outros partidos, o impacto da reforma política e eleitoral, a fragmentação da direita e as tendências de votos favoráveis e contrários aos projetos que interessam aos trabalhadores brasileiros.
“Depois de cada eleição, fazemos um debate sobre os resultados e principalmente no que importa para nós, a classe trabalhadora organizada e o movimento sindical. Brasília é um local que não tem esse processo eleitoral, mas não quer dizer que estamos isolados, mesmo porque o entorno é muito ligado ao Distrito Federal e teve muitos resultados significativos que precisamos discutir”, explicou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
De acordo com o analista político e diretor do DIAP, Neuriberg Dias, a esquerda encarou esse pleito com um otimismo que não foi concretizado e se baseava muito em uma confiança no “efeito Lula” sobre os municípios. Apesar disso, não se pode considerar que o pleito foi um fracasso para o campo progressista.
Para Neuriberg, levando em consideração as coligações do Governo Federal e do Partido dos Trabalhadores, o resultado foi favorável. Entretanto, as eleições municipais também mostraram a força que a extrema direita ainda tem no Brasil.
“Em 2022, ganhamos o Executivo, mas perdemos o Congresso Nacional, onde esse grupo se fortaleceu”, explicou o analista político do DIAP. “Temos um grande desafio pela frente contra o robusto conservadorismo que ganhou força nos últimos anos”, explicou.
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