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Educadores fecham EPTG e protestam em frente à residência oficial

Em repúdio à violência da Polícia Militar do Distrito Federal contra professores e militantes sindicais,  mais de 3 mil educadores protestaram em frente à residência oficial do governador Rollemberg nesta quinta-feira (29) de manhã, em Taguatinga. Professores, auxiliares da Educação, com o apoio de rodoviários e de outras categorias, se reuniram no centro de Taguatinga […]

Publicado: 29 Outubro, 2015 - 18h24

Escrito por: Jean Maciel

Jean Maciel
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Em repúdio à violência da Polícia Militar do Distrito Federal contra professores e militantes sindicais,  mais de 3 mil educadores protestaram em frente à residência oficial do governador Rollemberg nesta quinta-feira (29) de manhã, em Taguatinga. Professores, auxiliares da Educação, com o apoio de rodoviários e de outras categorias, se reuniram no centro de Taguatinga logo cedo e seguiram em marcha por uma das pistas da EPTG até a residência para cobrar do governador uma resposta aos ataques do GDF. Quatro professores e três rodoviários foram agredidos e detidos pela PM  no final da tarde de quarta (29) enquanto realizavam ato pacífico no Eixão Sul. O Sindicato dos Rodoviários fechou a Rodoviária do Plano Piloto duante duas horas para exigir que a polícia soltasse os dirigente presos. Graças a pressão dos trabalhadores, eles foram libertados na mesma noite.

IMG-20151029-WA0059IMG-20151029-WA0059Prestando solidariedade aos educadores, o secretário de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários e da CUT Brasília, Marcos Junio, condenou as atitudes da Polícia Militar. Para ele, as ações massacraram os trabalhadores. “Essa não é atitude de alguém que representa o povo. O mínimo que se esperava era o diálogo, a negociação e não a violência. Esperamos que esse governador, que gosta de mandar polícia bater em trabalhador, mude de postura e comece a governar para em prol do povo”, avaliou o dirigente.

Os professores estão em greve desde o dia 15 e reivindicam o pagamento das parcelas do reajuste salarial do funcionalismo público do Distrito Federal, previsto em lei, e o pagamento da licença prêmio para os educadores aposentados garantida na lei 840, além de reajuste no auxílio alimentação. ‘Todos nós que aposentamos de abril para cá não recebemos absolutamente nada. O governador vem descumprindo a lei desde então e a Justiça não faz nada”, explica a professora aposentada, Antônia Samir, integrante da mobilização.

IMG-20151029-WA0046 (2)IMG-20151029-WA0046 (2)Contra as injustiças, os trabalhadores estenderam uma faixa na passarela da EPTG próxima à residência oficial com os dizeres “Calote não. Professores em greve” e pintaram no asfalto frases de protesto contra o GDF. “Calote não”. O diretor de Imprensa e Comunicação do Sinpro, Claudio Antunes, explica que a intenção foi chamar da população para a luta dos educadores.”E realmente chamou, já que muitos motoristas buzinaram e deixaram os parabéns aos professores”.

Enquanto milhares de trabalhadores protestavam em frente à residência, o governador Rodrigo Rollemberg encontrava-se ao lado da presidenta Dilma no Paranoá, no outro lado do DF, onde foi vaiado pelo público presente a um evento do programa Minha Casa Minha Vida, ao criticar o movimento grevista e os dirigentes do funcionalismo do DF. As vaias não partiram de sindicalistas, que foram impedidos de entrar no evento. “Dezenas de sindicalistas não podem infernizar a vida de milhares de trabalhadores”, disse o governador, sendo vaiado pelo público.

“O que nós vermos são intransigências , falta de respeito e ilegalidades por parte do governador Rollemberg. Ele tem atacado não somente o movimento sindical, como também os movimentos sociais e a população. Várias vezes saímos com acordos firmados de mesa de negociação e no dia seguinte ele descumpriu. Ele não pode usar a máquina do Estado para reprimir e hostilizar os trabalhadores, como fez ontem com os professores. A CUT e os sindicatos filiados não vão se intimidar. Não aceitamos agressões a nenhum companheiro. Mexeu com um, mexeu com todos”, ressalta o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

O ato público fez parte de uma série de atividades convocadas para o Dia Nacional de Luta, organizado pela CUT Brasília, onde várias categorias realizaram manifestações e protestos durante o dia. Após o almoço, os professores partiram para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Eles foram denunciar as agressões e repressões da PM contra os professores.

Fonte: CUT Brasília