Educadores/as do DF mantêm greve e realizam nova assembleia na quinta (18)
O GDF havia sinalizado que não dialogaria com a categoria em greve, mas, diante da força do movimento, teve que recuar
Publicado: 12 Maio, 2023 - 10h27
Escrito por: Sinpro-DF | Editado por: CUT-DF
A greve do magistério público do DF continua crescendo. Em assembleia geral bastante representativa, realizada na manhã dessa quinta-feira (11), a categoria aprovou a continuidade do movimento paredista e se mostrou, mais uma vez, convicta da legitimidade das suas reivindicações e disposta à luta. Uma nova assembleia será realizada na próxima quinta (18).
Além de a adesão à paralisação ser grande, a população tem manifestado apoio nas comunidades escolares e nas ações de rua. Entidades sindicais, movimentos sociais e estudantil, parlamentares da Câmara Legislativa e do Congresso Nacional também têm expressado sua solidariedade à greve.
E foi essa mobilização expressiva que possibilitou a retomada da mesa de negociações com o GDF. O governo havia afirmado que não dialogaria com a categoria em greve, mas, diante da força do movimento, teve que recuar.
A pauta está na mesa
A comissão de negociação do Comando de Greve informou as deliberações da reunião com representantes da Casa Civil, do Planejamento e da Educação na última quarta (10). Na ocasião, o grupo apresentou as reivindicações da categoria.
“Reafirmamos a luta pelo fortalecimento do vencimento básico, por isso a incorporação das gratificações, como a Gase e a Gaped, que impactará profissionais efetivos e temporários; aposentados e da ativa”, informou a diretora do Sinpro Luciana Custódio, integrante da comissão de negociação.
“Também defendemos a diminuição dos padrões para progressão na carreira; a valorização da tabela de especialização, mestrado e doutorado; a melhoria das condições para professores em contrato temporário, e a necessidade da nomeação de todos os aprovados do último concurso, até zerar o cadastro reserva. E também a realização de um novo concurso público ainda este ano, para suprir as demandas da rede”, completou a diretora.
Já Cleber Soares, diretor do Sinpro-DF e secretário de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT-DF, destacou que a multa imposta pela Justiça não encerra o movimento.
“O que termina nossa greve é a apresentação de uma proposta satisfatória pelo governo. O GDF sinalizou com um processo de negociação que até então não existia, e isso só está sendo possível por causa de cada um e cada uma que está aqui, dos piquetes, da nossa mobilização”, ele afirmou.
Além da continuidade da greve, os (as) professores(as) e orientadores(as) educacionais aprovaram um calendário de mobilização para os próximos dias. Confira abaixo.