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EBC ataca jornalistas, e categoria aprova paralisação para dia 3/9

O movimento é uma reação à decisão da empresa de atacar a jornada especial da categoria, prevista na Seção XI da CLT desde 1943

Publicado: 29 Agosto, 2024 - 09h51 | Última modificação: 29 Agosto, 2024 - 09h56

Escrito por: Sindicato dos Jornalistas do DF, com edição da CUT-DF

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Após a direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) atacar a categoria dos jornalistas, os trabalhadores, reunidos em assembleia no DF, RJ e SP, decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades por 24 horas na próxima terça (3/9). A ação pode ser estendida, a depender da resposta da EBC e do governo federal.

O movimento paredista é uma reação à decisão da empresa de atacar a jornada especial da categoria, prevista na Seção XI da CLT desde 1943, ainda com Getúlio Vargas.

Ao elaborar o novo Plano de Cargos e Remunerações (PCR), a direção rebaixou os salários da carreira dos jornalistas na empresa, criando um critério de remuneração por hora. Hoje, os jornalistas recebem o mesmo salário de outros trabalhadores com nível superior, mas, com a proposta da diretoria, passariam a ter uma remuneração básica 12% menor.

Na prática, considera a categoria, trabalhadores de jornada parcial, desrespeitando um direito histórico da profissão. “A luta dos jornalistas da EBC é por um PCR isonômico entre as diferentes carreiras, e, ao mesmo tempo, defendemos todos os ganhos econômicos que a proposta de PCR da empresa estabeleceu para os demais trabalhadores e trabalhadoras da EBC”, destacou o Sindicato dos Jornalistas do DF.

A entidade destaca ainda que o ataque da EBC é contra toda categoria dos jornalistas, não apenas aos que hoje trabalham na empresa, e que a ação abre margem para as empresas privadas seguirem pelo mesmo caminho.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já se manifestaram contra a proposta por entenderem que ela fere os direitos nacionais dos trabalhadores. Leia aqui: https://abre.ai/kTr6

“Esperamos que o ministro Paulo Pimenta – que deve voltar à Secom nos próximos dias – corrija esse grave erro da direção da EBC. Afinal, a defesa do trabalho da imprensa, que o governo diz respeitar, se restringe à liberdade dos barões da mídia ou se estende também para a classe trabalhadora?”, afirmou o Sindicato dos Jornalistas do DF.