Escrito por: CUT-DF com informações do Brasil de Fato DF
Os servidores reivindicam recomposição salarial e reestruturação da carreira
Os docentes da Universidade de Brasília (UnB) deflagraram greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de abril. A decisão foi deliberada nessa segunda (8), em assembleia geral extraordinária, por 257 votos favoráveis e 213 contrários.
A pauta de reivindicações dos servidores converge com o pleito dos técnicos administrativos da Universidade, em greve desde o dia 11 de março. Entre outros pontos, o grupo luta pela recomposição salarial e reestruturação das carreiras.
De acordo com a Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), os serviços essenciais serão mantidos conforme a legislação. Já os demais encaminhamentos e deliberações serão definidos pelo Comando Local de Greve.
Negociações
No início da gestão, o governo federal montou a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) para discutir a reestruturação das diversas carreiras públicas federais sucateadas pelos governos Temer e Bolsonaro.
Após meses de diálogo, foi concedido, em 2023, reajuste salarial de 9% para todos os servidores do Poder Executivo Federal, autarquias e fundações, o que incluiu os docentes.
No entanto, para 2024, o governo não propôs aumento na peça orçamentária enviada ao Congresso Nacional, que foi aprovada sem a previsão de recursos para garantir as reivindicações das diversas categorias. A projeção só previa reajuste de 4,5% em 2025 e 2026.
Os docentes das universidades federais rejeitaram a proposta e apresentaram contraproposta reivindicando reajuste divididos em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026.