acc toolbox
Contraste de cores
Tamanho dos textos
Conteúdo em destaque
Ampliar elementos
learn more about  toolbox
MENU

DF tem 271 mil desempregados, aponta Pesquisa de Emprego e Desemprego do DIEESE

Em pesquisa divulgada em 28 de março, taxa de desemprego no DF passa de 15,8% para 16,8%, em fevereiro

Publicado: 06 Abril, 2023 - 18h16 | Última modificação: 10 Abril, 2023 - 16h33

Escrito por: Marina Maria

notice

Caio Giovany (26) já tentou de tudo para sair da situação de desemprego. Cadastrou-se em sites que anunciam vagas, em grupos de redes sociais e enviou vários currículos. Apesar disso, ele não consegue emprego formal há quatro anos e se mantém com vagas temporárias. O caso do estudante não é isolado no DF. Segundo a última Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), realizada em parceria com o DIEESE, atualmente existem cerca de 271 mil pessoas na mesma situação de Caio.

A pesquisa apurou que o número de pessoas sem emprego na região aumentou em fevereiro deste ano, atingindo 16,8% da população. A supervisora do Escritório Regional do DIEESE no Distrito Federal (ER-DF) e economista Mariel Angeli Lopes explica que a  pesquisa considera todos os tipos de trabalhadores no Distrito Federal, incluindo os de carteira assinada e os que trabalham de maneira informal ou por conta própria.

De acordo com Mariel, o alto índice de desemprego acontece por, entre outros fatores, a economia do DF ser muito baseada nos setores de serviços, comércio e administração pública. “Como a nossa economia é muito baseada nesses setores, como a situação econômica no país não está muito positiva, a gente não vê resultados positivos na questão do emprego”, afirmou.

Caio explica que atualmente ocupa uma vaga de trabalho intermitente em uma loja de departamento, ou seja, é chamado para desempenhar determinadas funções quando há demanda. Por causa disso, desde dezembro de 2022, seus dias trabalhados nessa empresa não chegaram a contabilizar um mês. 

“A maioria das vagas pedem experiência, seja em vendas, operador de caixa, atendente ou recepcionista, mas aí vem o porém, como ter experiência se nenhuma empresa não dá a devida chance? Nem cursos as empresas consideram como experiência, visto que em aulas só é feito teorias, e não práticas, então o maior desafio que encontro pra me encaixar nas vagas é isso, a falta de experiência que as empresas não querem dar a chance para ter”, explica o estudante.

Para a economista Mariel Angeli Lopes, lidar com o problema do alto desemprego no Distrito Federal exige diferentes abordagens. “É importante, claro, tentar recolocar essas pessoas no posto de trabalho, de preferência com emprego formal, mas isso também depende de outras questões; a gente precisa aumentar o dinamismo da economia no Distrito Federal”, afirmou.

Para a economista, talvez o DF precise deixar de ser tão dependente do setor de serviços e da administração pública e se concentrar em expandir essas possibilidades. “Se a gente aumentar, por exemplo, o setor de indústria de transformação, que é um setor que tem uma estabilidade um pouco maior na taxa de desemprego, poderíamos ter maior inserção dos trabalhadores, mas é importante também que o poder público trabalhe pensando um pouco em como melhorar a economia do DF em geral, como trazer mais indústrias, mais empresas para cá, para que a gente tenha mais oportunidade para os trabalhadores daqui”, explicou Mariel.

Ainda segundo a pesquisa, as regiões mais afastadas do centro de Brasília são atualmente as que mais concentram índices de desemprego.

 

 

 

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.