Escrito por: Leandro Gomes

CUT-DF participa de seminário pela revogação da reforma trabalhista

Organizada pela campanha Revoga Já, a atividade acontecerá no auditório da Faculdade de Direitos da UnB, a partir das 9h30, e contará com a participação de representantes de diversas entidades

Sindicalistas, juristas, economistas e trabalhadores de diversas categorias estão mobilizados em torno de uma proposta urgente e necessária: a revogação da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017). Aprovado em 2017, no governo golpista de Michel Temer, o projeto trouxe uma série de retrocessos no que diz respeitos aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores.

Para debater o tema e os impactos da reforma à classe trabalhadora, a campanha Revoga Já realizará seminário, na próxima sexta-feira (12). A atividade acontecerá no auditório da Faculdade de Direitos da Universidade de Brasília, a partir das 9h30, e contará com a participação de representantes de diversas entidades. O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, representará a Central na atividade.

Confira a programação abaixo.

Reforma trabalhista

A reforma trabalhista foi aprovada em 13 de julho de 2017 e entrou em vigor em 11 de novembro do mesmo ano. Todo o processo de apresentação, votação e aprovação, ocorreu em menos de um ano após o golpe de Estado que destituiu do poder a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff (PT).

Vendido como a modernização das leis trabalhistas e com a promessa de criar milhares de empregos, o projeto teve amplo apoio do setor empresarial e da grande mídia, que foi omissa e não apresentou os prejuízos da reforma ao povo brasileiro.

Enquanto isso, desde o início, a CUT e seus sindicatos filiados se posicionaram contrários à retirada de direitos, e travaram árduas mobilizações para impedir sua aprovação.

Cinco anos depois, os empregos prometidos não foram criados ─ muito pelo contrário ─ e os empresários aumentaram seus lucros. Além disso, o projeto que alterou mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) precarizou consideravelmente as relações trabalhistas e enfraqueceu a atuação das entidades sindicais na defesa dos direitos.

“Não tem como “dar um jeitinho” na reforma trabalhista. Não há qualquer alteração que traga a ela caráter democrático. A tal reforma é filha de um golpe de Estado e da articulação dos setores mais tenebrosos do país, que não têm pudor em lucrar com a miséria da classe trabalhadora. Por isso, a CUT continuará firme contra a reforma trabalhista, como esteve desde o início”, afirmou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.