CUT-DF e movimentos realizam ato pela redução dos juros, nesta terça (30)
Atividade faz parte de agenda nacional que visa pressionar a direção do Banco Central a adotar política econômica alinhada com os interesses da população
Publicado: 29 Julho, 2024 - 14h39 | Última modificação: 29 Julho, 2024 - 14h53
Escrito por: CUT-DF
Pela redução imediata da taxa de juros, a CUT-DF e diversos movimentos sociais realizam ato nesta terça-feira (30). A mobilização acontecerá às 7h, em frente à sede do Banco Central (BC), com faixaço e panfletagem. Depois, às 16h, os militantes dialogam com a população na Rodoviária do Plano Piloto sobre a necessidade de fortalecer o movimento. Além de Brasília, outras cidades devem realizar manifestações.
Na data, acontecerá a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o tema. Fixada em 10,5% ao ano, a taxa Selic tem prejudicado diversos setores da economia brasileira e impedido o crescimento do país e o investimento em programas sociais. Com a atual política implementada por Campos Neto ─ presidente do Banco Central indicado por Bolsonaro ─, apenas os banqueiros e especuladores financeiros lucram.
A alta da taxa tem afetado também a renda das famílias. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada este mês, o percentual de brasileiros endividados é de 78,8%. O principal vilão, segundo o levantamento, é o cartão de crédito, que tem seus juros influenciados pela Selic.
Diante do cenário, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, destacou que é preciso fazer uma discussão séria sobre a política do BC e lembrou que o modelo praticado é um dos fatores responsáveis pela desigualdade social que assola o Brasil.
“Nosso país precisa combater a desigualdade social e isso passa pela redução dos juros, que aprofundam o endividamento da classe trabalhadora, reduzem o poder de compra e aumentam o lucro dos grandes banqueiros e empresários. Seguiremos em luta pela reconstrução do Brasil”, disse o dirigente sindical.